João Semedo lembra "insubmisso e permanente lutador pela liberdade"

por Lusa
RTP

O ex-coordenador do BE João Semedo lembrou hoje António Arnaut como um "insubmisso e permanente lutador pela liberdade, pela igualdade e pela justiça social", pedindo dignidade pelo exemplo deixado pelo pai do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em janeiro deste ano, João Semedo e António Arnaut lançaram o livro "Salvar o SNS - Uma nova Lei de Bases da Saúde para defender a democracia".

Numa nota publicada na rede social Facebook, João Semedo considerou que António Arnaut, que morreu hoje em Coimbra, aos 82 anos, "será para sempre lembrado muito justamente como o 'pai do SNS'", mas sublinhou que o socialista "foi muito mais do que isso".

"Foi um insubmisso e permanente lutador pela liberdade, pela igualdade e pela justiça social, um incansável combatente pelos valores da República, da esquerda e do socialismo", enalteceu.

O antigo coordenador do BE deixou um pedido: "morreu o homem, guardemos a memória do seu exemplo e saibamos ser dignos dele".

"A notícia da morte do meu querido amigo António Arnaut, na sua injustiça e brutalidade, deixou-me amargurado, gelado e invadido por um vazio que retira todo o sentido ao que eu aqui possa dizer", escreveu.

João Semedo assumiu ainda não encontrar "palavras à altura da sua dimensão como cidadão e ser humano nas múltiplas facetas em que a sua riquíssima vida se desdobrou".

António Arnaut, advogado, nasceu na Cumeeira, Penela, distrito de Coimbra, em 28 de janeiro de 1936, e estava internado nos hospitais da Universidade de Coimbra.

Presidente honorário do PS desde 2016, António Arnaut foi ministro dos Assuntos Sociais no II Governo Constitucional, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano e foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Poeta e escritor, António Arnaut envolveu-se desde jovem na oposição ao Estado Novo e participou na comissão distrital de Coimbra da candidatura presidencial de Humberto Delgado.

 

Tópicos
pub