MAI abre inquérito após fuga de 17 migrantes de quartel em Tavira

por RTP
Os 17 migrantes em questão faziam parte do grupo de 28 marroquinos que desembarcou ilegalmente no país Pedro A. Pina - RTP

O Ministério da Administração Interna pediu a instauração de um inquérito sobre a fuga dos 17 migrantes ilegais do Quartel da Atalaia, em Tavira, na última madrugada. O inquérito pretende averiguar as circunstâncias da fuga e eventuais "responsabilidades disciplinares" de elementos do SEF e da PSP.

“O ministro da Administração Interna determinou à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) a instauração de um processo de inquérito sobre os factos relacionados com a fuga de dezassete cidadãos estrangeiros que se encontravam instalados no Quartel da Atalaia, do Regimento de Infantaria n.º 1 do Destacamento de Tavira, ocorrida na madrugada de hoje”, avança uma nota do MAI enviada esta quinta-feira às redações.

“O inquérito destina-se ao apuramento das circunstâncias da referida fuga e de eventuais responsabilidades disciplinares de elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e da Polícia de Segurança Pública”, acrescenta a nota.  Os marroquinos fugiram por volta das 4h30 desta madrugada depois de terem conseguido subir um das paredes do quartel.

Os 17 migrantes em questão faziam parte do grupo de 28 marroquinos que desembarcou ilegalmente no país, mais especificamente na Ilha Deserta do Algarve, a 15 de setembro. Entre os 28 encontravam-se três mulheres, que foram instaladas na Unidade Habitacional de Santo António, no Porto, e um menor, que foi entretanto entregue ao Tribunal de Família e Menores de Faro.

Os restantes eram 24 homens, que foram levados até ao Quartel de Tavira e aguardavam repatriamento. Foi de lá que 17 deles escaparam, sendo que nove foram entretanto detidos.

Esta manhã o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras confirmou a fuga de “17 dos 24 cidadãos estrangeiros instalados no Quartel do Regimento de Infantaria n.º 1 do Destacamento de Tavira, onde se encontravam a fazer a quarentena profilática, depois de dois deles terem acusado positivo à Covid-19".
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