É mais de um milhão e meio de pessoas, mas a taxa não era tão baixa desde 2000. Os dados são revelados este domingo pela Pordata, para assinalar o dia internacional para a erradicação da pobreza.
Em 2010, havia mais de meio milhão de pessoas; em 2020, pouco mais de 250 mil. Destes, 52% são mulheres e 41% têm menos de 25 anos.
Já nas escolas, o número de alunos que têm apoios socioeconómicos tem aumentado progressivamente, e desde 1981 que os números não eram tão expressivos. De 125 mil, aumentou para 328 mil em 2010, e para 380 mil em 2019.
E, se por toda a União Europeia o risco de pobreza é mais acentuado entre pessoas sem escolaridade ou com o nível básico, em Portugal, uma em cada quatro pessoas que tem apenas o 9º ano é pobre.
No que toca à população empregada, o país destaca-se negativamente na taxa de risco de pobreza. Os dados mais recentes são já de 2020 e mostram que, em Portugal, 9,5% da população empregada vive com rendimentos inferiores ao limiar de risco de pobreza, o que lhe vale o oitavo lugar numa lista que compara outros 21 países da União Europeia.
Ter filhos também agrava o risco de pobreza. Quase 40% dos agregados compostos por 2 adultos com 3 ou mais crianças estavam em risco de pobreza em 2019, o mesmo para 26% dos adultos com uma ou mais crianças.
Outra conclusão importante revelada no estudo da Pordata é de que as pessoas que recebem o salário mínimo recebem hoje mais 138%u20AC do que em 1974. Comparando as mesmas datas, também os beneficiários de pensões mínimas de velhice e invalidez recebem praticamente o mesmo. Em 46 anos, apenas mais 7%u20AC. 80% dos pensionistas vive com menos de 635%u20AC mensais.