Mais de metade dos prestadores de serviços essenciais não tem livro de reclamações eletrónico

por Antena 1

Foto: Bogdan Cristel - Reuters

Mais de metade dos websites de prestadores de serviços essenciais, tais como a água, a energia e as comunicações, ainda não tem disponível o livro de reclamações eletrónico, obrigatório por lei há mais de um ano. A conclusão é avançada por um estudo da DECO, que pede agora fiscalização mais apertada.

A associação portuguesa para a defesa do consumidor, DECO, realizou uma análise às páginas de internet dos prestadores dos serviços essenciais de três setores - água, energia (incluindo eletricidade e gás) e comunicações eletrónicas - a fim de verificar se disponibilizavam o acesso ao livro de reclamações eletrónico, que é obrigatório por lei desde 1 de julho do ano passado.

Perante as conclusões desta análise, a DECO manifestou junto da Direção-Geral do Consumidor a sua preocupação com o incumprimento da obrigação legal que visa proteger e facilitar o exercício pelos consumidores dos seus direitos.

A associação, que reivindica alterações à lei que obriguem os prestadores de serviços a disponibilizarem de forma mais fácil o acesso ao livro de reclamações, enviou também cartas aos reguladores dos três setores (ERSE, ANACOM, ERSAR) alertando para as conclusões do estudo e apelando para uma maior fiscalização do cumprimento da lei.

A 1 de julho, o secretário de Estado do Comércio, Paulo Alexandre Ferreira, em declarações à Lusa, fez um balanço "muito positivo" do primeiro ano do livro de reclamações eletrónico, contabilizando "cerca de 50 mil reclamações" e anunciando o seu alargamento a todos os setores a partir desse dia.

c/ Lusa
pub