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Marcelo considera "prudente" prolongar período crítico de incêndios

por RTP
Bombeiros fotografados no final de julho deste ano durante o combate às chamas em Mação Rafael Marchante - Reuters

Perante uma “situação patológica para esta época”, no que diz respeito ao clima, o Presidente da República avalia como “prudente” a decisão, por parte do Governo, de prolongar até 23 de novembro o período crítico de incêndios.

“Eu penso que tudo o que o Governo decidiu nessa matéria, tendo em atenção as temperaturas elevadas, numa situação patológica para esta época, mas que é aquela que vivemos, parece prudente”, reagiu Marcelo Rebelo de Sousa.

Questionado pelos jornalistas, à saída de uma cerimónia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, em Almada, o Presidente da República colocou a tónica nas condições meteorológicas incomuns que o país tem experimentado.

O Chefe de Estado seria ainda confrontado com a notícia da morte de uma pessoa num incêndio florestal em Mangualde. Apresentou condolências aos familiares da vítima, mas escusou-se a fazer mais comentários.

Face à previsão de “ausência de precipitação significativa”, o Governo decidiu esta sexta-feira prolongar até 23 de novembro o período crítico de incêndios. Uma decisão que enquadra a proibição de lançar foguetes e fazer queimadas e fogueiras em espaços florestais.

“Tendo em conta o tempo seco e a subida de temperatura para valores acima da média para esta época do ano, estão reunidas condições favoráveis à propagação de incêndios rurais”, refere-se num comunicado do Ministério da Administração Interna enviado às redações.

O Governo sublinha que, “na sequência da informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para as próximas 72 horas, o Ministério da Administração Interna alerta para a necessidade de os comportamentos individuais serem adequados ao risco de incêndio”.

“Assim, é proibida a realização de queimadas em todo o país”, sublinha, acrescentando depois uma lista de comportamentos banidos.
O quarto prolongamento

O Executivo proíbe, designadamente, a realização de “fogueiras para recreio, lazer ou para a confeção de alimentos, utilizar equipamentos de queima e de combustão, destinados à iluminação ou à confeção de alimentos e queimar matos cortados e amontoados ou qualquer tipo de sobrantes de exploração”.“Acho que é prudente esse tipo de decisão do Governo”, disse o Presidente.


Os portugueses estão também impedidos de “lançar balões com mecha acesa ou qualquer outro tipo de foguetes, fumar ou fazer lume de qualquer tipo nos espaços florestais e vias de atravessamento ou circundantes e fumigar ou desinfestar apiários com fumigadores que não estejam equipados com dispositivos de retenção de faúlhas”.

O Governo lembra também os cuidados a ter com “trabalhos agrícolas e florestais”, como “manter as máquinas e equipamentos limpos de óleos e poeiras, abastecer as máquinas a frio e em local com pouca vegetação e guardar todo o cuidado com as faíscas durante o seu manuseamento, evitando a sua utilização nos períodos de maior calor”.

Esta é a quarta vez que o Governo prolonga o período crítico de incêndios, que inicialmente estava previsto para terminar a 30 de setembro.
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