O líder do movimento Nova Ordem Social (NOS), Mário Machado, foi detido esta terça-feira de manhã em casa pela Polícia Judiciária, confirmou à Antena 1 o advogado José Manuel Castro. A detenção vem no seguimento de uma investigação da Polícia Judiciária por crimes relacionados com a disseminação de ódio racial nas redes sociais. O ativista de extrema-direita será ouvido em tribunal ainda hoje.
Mário Machado foi detido esta manhã, depois de ter sido alvo de buscas por difusão de crimes de ódio. Durante as buscas a PJ encontrou uma arma de fogo ilegal na residência do ativista de extrema-direita, o que terá levado à detenção.
José Manuel Castro, que é advogado de Mário Machado em diversos processos, entre eles o `Hells Angels`, disse que o líder do NOS foi levado para as instalações da PJ e confirmou à RTP que o que está na origem desta detenção é uma "publicação nas redes sociais", imputada ao ativista de extrema-direita.
"O que está na origem (...) foi uma publicação feita alegadamente por Mário Machado, imputada ao Mário Machado, há uns anos numa rede social", explicou José Manuel de Castro.
Segundo o advogado, em causa está uma publicação na qual o líder do NOS apela "à detenção de um indivíduo que há uns anos" cometeu "um assassinato no Algarve".
Sem violar o segredo de justiça, o advogado adiantou que o mandado de detenção cita a frase alegadamente publicada por Mário Machado mas que "não tem qualquer referência à cor da pele da pessoa a que se refere". Além disso, trata-se de uma publicação com mais de dois anos.
"Era uma frase em que ele apelava para que essa pessoa fosse apanhada", continuou.
"O que está na origem (...) foi uma publicação feita alegadamente por Mário Machado, imputada ao Mário Machado, há uns anos numa rede social", explicou José Manuel de Castro.
Segundo o advogado, em causa está uma publicação na qual o líder do NOS apela "à detenção de um indivíduo que há uns anos" cometeu "um assassinato no Algarve".
Sem violar o segredo de justiça, o advogado adiantou que o mandado de detenção cita a frase alegadamente publicada por Mário Machado mas que "não tem qualquer referência à cor da pele da pessoa a que se refere". Além disso, trata-se de uma publicação com mais de dois anos.
"Era uma frase em que ele apelava para que essa pessoa fosse apanhada", continuou.
Sublinhando que o processo está em "segredo de justiça", José Manuel Castro evitou pronunciar-se sobre as informações que apontavam para alegadas buscas efetuadas na residência do antigo líder da Frente Nacional. O advogado acrescentou ainda ter encontrado Mário Machado "confiante" e que o seu cliente deve ser ouvido nas próximas horas nas instalações da PJ ou do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
"Como se configuram os factos, [estes] não admitem medida privativa de liberdade. Está [Mário Machado] confiante de que ainda hoje ou, o mais tardar, amanhã sairá em liberdade", sentenciou.
"Como se configuram os factos, [estes] não admitem medida privativa de liberdade. Está [Mário Machado] confiante de que ainda hoje ou, o mais tardar, amanhã sairá em liberdade", sentenciou.
O ativista de extrema-direita e antigo líder da Frente Nacional foi detido em casa, em Santo António dos Cavaleiros, no concelho de Loures. O advogado acrescenta que Mário Machado será ouvido ainda esta terça-feira por um juiz de instrução criminal, que irá determinar as medidas de coação a aplicar ao arguido.
Recorde-se que Mário Machado já tem um longo cadastro por crimes de descriminação racial, ofensa à integridade física ou posse de arma ilegal. Em julho de 2007, foi condenado a sete meses de prisão por posse ilegal de arma, e três meses de prisão por posse de arma proibida, com pena suspensa. Em outubro do ano seguinte foi condenado a quatro anos e dez meses de prisão efetiva por alguns desses crimes. Já em 2009, foi condenado em sete anos e dois meses de prisão por crimes de sequestro, roubo e coação
Em 2012, o Tribunal Criminal de Loures fixou em dez anos o cúmulo jurídico das penas de prisão aplicadas ao skinhead.
Já a cumprir pena de prisão em Alcoentre, foi acusado e mais tarde condenado a tentativa de extorsão agravada, a partir da cadeia, tendo em 2016 o tribunal condenando Mário Machado a mais dois anos e nove meses de prisão.
Desde que foi libertado, em maio de 2017, Mário Machado voltou a ser preso na Suécia e impedido de participar numa manifestação de extrema-direita, organizou um chapter em Portugal do grupo de motards Los Bandidos, envolveu-se num conflito com o grupo rival Hells Angels e organizou um encontro em Lisboa com partidos neonazis e nacionalistas de toda a Europa. Esteve em liberdade condicional até 21 de novembro de 2020.
Um dos casos mais mediáticos foi o do homicídio de Alcino Monteiro, em 11 de junho de 1995, no Bairro Alto e da agressão na mesma noite de seis pessoas por parte de um grupo de skinheads do qual fazia parte. Dois anos depois foi condenado a uma pena de quatro anos e três meses de prisão por envolvimento na morte do cidadão português nascido em Cabo Verde.
Recorde-se que Mário Machado já tem um longo cadastro por crimes de descriminação racial, ofensa à integridade física ou posse de arma ilegal. Em julho de 2007, foi condenado a sete meses de prisão por posse ilegal de arma, e três meses de prisão por posse de arma proibida, com pena suspensa. Em outubro do ano seguinte foi condenado a quatro anos e dez meses de prisão efetiva por alguns desses crimes. Já em 2009, foi condenado em sete anos e dois meses de prisão por crimes de sequestro, roubo e coação
Em 2012, o Tribunal Criminal de Loures fixou em dez anos o cúmulo jurídico das penas de prisão aplicadas ao skinhead.
Já a cumprir pena de prisão em Alcoentre, foi acusado e mais tarde condenado a tentativa de extorsão agravada, a partir da cadeia, tendo em 2016 o tribunal condenando Mário Machado a mais dois anos e nove meses de prisão.
Desde que foi libertado, em maio de 2017, Mário Machado voltou a ser preso na Suécia e impedido de participar numa manifestação de extrema-direita, organizou um chapter em Portugal do grupo de motards Los Bandidos, envolveu-se num conflito com o grupo rival Hells Angels e organizou um encontro em Lisboa com partidos neonazis e nacionalistas de toda a Europa. Esteve em liberdade condicional até 21 de novembro de 2020.
Um dos casos mais mediáticos foi o do homicídio de Alcino Monteiro, em 11 de junho de 1995, no Bairro Alto e da agressão na mesma noite de seis pessoas por parte de um grupo de skinheads do qual fazia parte. Dois anos depois foi condenado a uma pena de quatro anos e três meses de prisão por envolvimento na morte do cidadão português nascido em Cabo Verde.