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"Mário Soares e a Europa" em plataforma digital e em exposição a lançar até ao fim do ano

por Lusa

A Fundação Mário Soares está a lançar uma plataforma digital com documentação relativa à ação do primeiro líder do PS para a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia e sobre o seu pensamento relativamente à Europa.

Até ao fim deste ano, a Fundação Mário Soares promoverá ainda uma exposição dedicada ao papel do antigo Presidente da República (1986/1996) e antigo primeiro-ministro (1976/1978 e 1983/1985) no processo de adesão de Portugal à então CEE (Comunidade Económica Europeia).

Estas iniciativas surgem a par com a escolha do antigo Presidente da República e fundador do PS para patrono no Colégio Europeu, quando em 2021 se vai assinalar os 35 anos de adesão de Portugal à CEE. A sessão de abertura do ano académico 2021-2022 realizar-se esta terça-feira, em Bruges, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Segundo uma nota da fundação, a plataforma digital "Mário Soares e a Europa" (soares-europa.fmsoares.pt) reúne "conteúdos importantes e inéditos para aprofundar o conhecimento sobre a ação e o legado de Mário Soares na defesa e afirmação dos valores democráticos, de união e cooperação no contexto europeu".

Através deste portal é possível visitar a exposição virtual intitulada "Mário Soares: Patrono do Colégio da Europa", assim como proceder-se à análise de documentos, fotografias e vídeos do arquivo da fundação.

A Fundação Mário Soares refere ainda que a plataforma digital vai permitir "descobrir os principais momentos da sua vida e do seu percurso europeu, conhecer a vasta e diversificada obra publicada pelo antigo chefe de Estado, em particular os seus textos sobre a Europa".

"A vida e ação política de Mário Soares foram marcadas por uma luta constante pela liberdade e democracia, em defesa da paz, dos direitos humanos, de uma maior solidariedade na Europa e no mundo e por uma reflexão profunda sobre os grandes desafios da sociedade. O pensamento e a reflexão sobre a Europa evidenciam-se desde cedo na sua vida, recuando ao período de oposição ao Estado Novo, em particular a sua experiência no exílio. A ação política que prossegue após o 25 de Abril consolida esta aspiração europeísta: é Mário Soares quem pede e negoceia a adesão de Portugal às Comunidades Europeias e, em 1985, assina o tratado de adesão", refere-se numa nota divulgada pela Fundação Mário Soares.

Na mesma nota, salienta-se também o papel crítico do antigo Presidente da República e antigo eurodeputado socialista (1999/2004) sobre a evolução da União Europeia nas últimas duas décadas.

"Mário Soares recusou sempre que a União Europeia se resumisse a uma soma de interesses e rivalidades dos Estados-membros, que fosse guiada por critérios económico-financeiros, que adotasse uma política de seguidismo em relação a outras potências mundiais ou que se concentrasse em interesses e objetivos imediatistas. Pelo contrário, defendia uma Europa independente, coesa e unida em torno de um projeto sólido para o futuro, o fortalecimento dos Estados Sociais e o respeito inabalável pelos direitos humanos", sustenta-se no mesmo texto divulgado pela Fundação Mário Soares.

"Mário Soares e a Europa" é uma iniciativa que tem a colaboração científica da Faculdade de Ciências e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, sendo apoiada pela Estrutura de Missão para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.

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