Foto: José Manuel Ribeiro - Reuters
O economista Ricardo Paes Mamede, que participou no grupo de trabalho do PS e do Bloco de Esquerda que elaborou o relatório sobre a dívida, admite que as medidas propostas podem ser insuficientes e daí a sugestão de que a questão seja discutida à escala europeia.
Segundo Ricardo Paes Mamede, "existe uma constatação, que se procura quantificar, de que essas medidas têm um resultado, que sendo positivo, sendo desejável, poderá ser e tenderá a ser insuficiente, tendo em conta os desafios que o país enfrenta do ponto de vista do financiamento. Daí que seja ponderado sugerir a necessidade de iniciar e desenvolver um processo de debate sobre as dívidas das periferias da zona euro à escala europeia".
O relatório sobre a dívida portuguesa propõe que o empréstimo europeu de 50 mil milhões de euros seja pago a 60 anos, em vez dos atuais 15, e que o juro desse empréstimo baixe para um por cento.
O documento propõe também que se torne permanente o programa de compra de dívida do Banco Central Europeu e que se aumentem os dividendos que o Banco de Portugal tem de entregar todos os anos ao Estado.
Propostas que, se avançarem, permitirão que a dívida pública baixe dos atuais 131 por cento do Produto Interno Bruto para cerca de 92 por cento.
O documento propõe também que se torne permanente o programa de compra de dívida do Banco Central Europeu e que se aumentem os dividendos que o Banco de Portugal tem de entregar todos os anos ao Estado.
Propostas que, se avançarem, permitirão que a dívida pública baixe dos atuais 131 por cento do Produto Interno Bruto para cerca de 92 por cento.