Ministério da Saúde vai pedir pagamento "urgente" das dívidas aos bombeiros

por Cristina Santos - RTP
Pedro A. Pina - RTP (arquivo)

A ideia é criar um grupo de trabalho entre representantes dos bombeiros e vários serviços do Ministério para avaliar o sistema de transporte de doentes. A ministra assegurou ainda que vai dar orientações às unidades locais de saúde para que sejam pagas "o mais urgentemente" as dívidas aos bombeiros pelo transporte de doentes não urgentes.

Estas informações foram dadas pelo presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, António Nunes, após uma reunião com a Ana Paula Martins, na quinta-feira. No entanto, quanto ao pagamento de dívidas, não foi definida uma data limite, uma vez que nem a Liga de Bombeiros Portugueses (LBP), nem o próprio Ministério da Saúde sabe "quais são as razões que levaram a que alguma dívida não tenha sido paga". "Nós não sabemos se é um problema de reforço orçamental ou se é um problema de registo de dívida. (…) Daqui a 15 dias ou três semanas, se verificarmos que as dívidas não estão a ser pagas, naturalmente voltamos a ter um encontro com a senhora ministra", garantiu António Nunes.

Em agosto, o presidente da LBP contabilizava em cerca de 30 milhões de euros a dívida às corporações de bombeiros, um valor que acredita que permanece.

Quanto ao sistema de transporte de doentes, o grupo de trabalho vai avaliar, até ao final de 2024, problemas. A seguir “alterar um conjunto de procedimentos que, quanto a nós estão ou incompletos ou menos práticos de realizar”, assegurou o presidente da Liga de Bombeiros.

Tudo isto para que a partir “de janeiro de 2025” esteja no terreno uma organização diferente no transporte de doentes.

António Nunes diz à agência Lusa que é necessário fazer alterações, porque com a tutela a resolver “o seu problema” ao fechar urgências e a dizer que funciona em rede, isso significou que os bombeiros passaram, a ter que assegurar o transporte para mais longe.

No entanto, o presidente da Liga pergunta se alguém pensou se isso é possível por parte dos bombeiros.
Perguntas colocadas por António Nunes, em declarações à Lusa, após uma reunião com Ana Paula Martins. Quanto ao encerramento de várias urgências, em especial de ginecologia e obstetrícia, e a realização de vários partos em ambulâncias, durante o transporte de grávidas, António Nunes destacou que a criação da task force é fundamental tratar estes temas.

O grupo de trabalho vai juntar a Liga dos Bombeiros Portugueses, os gabinetes da ministra da Saúde e da secretária de Estado da Gestão da Saúde e a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde.
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