O Governo acredita que a regularização por meio natural do rio Ceira vai ajudar a normalizar o problema das cheias no Mondego. O ministro do Ambiente discorda assim da solução artificial encontrada pela Ordem dos Engenheiros e que implicava a construção de uma barragem que António Costa mandou parar.
O projeto integrava um conjunto de dez novas barragens do Programa Nacional lançado pelo Governo de José Sócrates. Mas a construção foi cancelada em 2016 numa decisão que o ministro do Ambiente volta a defender.
No primeiro governo de António Costa, e com a concessão já entregue à Endesa, o ministro do ambiente Matos Fernandes justificou a decisão de cancelar Girabolhos com critérios jurídicos, financeiros, expetativas dos municípios, metas das energias renováveis e descarbonização da economia portuguesa.
Mas para o presidente da secção regional do Centro da Ordem dos Engenheiros as últimas cheias mostraram o erro da decisão política.
Com caudais cada vez mais elevados devido às alterações climáticas a Ordem dos Engenheiros entende que a Barragem da Aguieira, apesar de bem gerida no controlo de cheias, já não "tem capacidade" para regularizar o Mondego.