Motoristas. Sinais de abertura ao diálogo no dia 7 da greve

por Mário Aleixo - RTP
Os motoristas deixaram vazio o terminal de Aveiras António Antunes-RTP

A greve dos motoristas de matérias perigosas entra este domingo no sétimo dia, com as atenções voltadas para um plenário de trabalhadores que decorrerá esta tarde e deverá decidir sobre a continuidade da paralisação.

O plenário decorre em Aveiras de Cima, Lisboa, depois de ter falhado um acordo mediado pelo Governo numa reunião que durou cerca de dez horas e que terminou na madrugada de sábado.

No sábado, a associação das empresas de transportes de mercadorias (ANTRAM), através de André Matias de Almeida, disponibilizou-se para integrar um processo de mediação exigindo apenas o fim da greve.

Por sua vez  o porta-voz do sindicato de motoristas de matérias perigosas, Pedro Pardal Henriques, disse ver com agrado a disponibilidade da associação, mas ressalvou ser necessário que a base de entendimento já debatida seja aceite.

A greve começou na segunda-feira, 12 de agosto, por tempo indeterminado, para reivindicar junto da Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

A paralisação foi inicialmente convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas (SIMM), mas este último desconvocou o protesto na quinta-feira à noite, após um encontro com a Antram sob mediação do Governo.

No final do primeiro dia de greve, o Governo decretou uma requisição civil, parcial e gradual, alegando incumprimento dos serviços mínimos que tinha determinado.

No sábado ao final do dia, o Ministério do Ambiente e Transição Energética disse que a requisição civil foi cumprida e os serviços mínimos “superados”, com o último balanço a demonstrar "uma crescente normalidade da situação".

c/ Lusa
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