MP deduz acusação contra sete arguidos no caso da "Máfia do Sangue"

por RTP

O Ministério Público acusou formalmente sete dos 12 arguidos no processo conhecido como Máfia do Sangue. Seis pessoas e uma empresa vão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem, falsificação de documentos, abuso de poder e branqueamento de capitais.

Entre os acusados estão o antigo presidente do INEM, Luís Cunha Ribeiro e Paulo Lalanda e Castro, ex- administrador da Octapharma, acusados de corrupção e de branqueamento de capitais.

O Ministério Público sustenta que foi montado um esquema para conseguir ganhar uma posição de monopólio no mercado do plasma humano inativado e no fornecimento de derivados do sangue aos hospitais públicos.

Há ainda uma médica e uma farmacêutica, ambas elementos de júris de concursos públicos e ligadas a instituições de hemofilia, suspeitas de corrupção.

O Ministério Público pediu ainda a condenação de dois arguidos na pena acessória de proibição do exercício de funções, bem como a perda de vantagens a favor do Estado, “concretamente, de várias frações autónomas de imóveis e da quantia total de 5.351.120,16 euros”.

Foi ainda solicitado o pagamento de uma indemnização de mais de quase 150 mil euros.

O designado inquérito "O Negativo" foi liderado pela Polícia Judiciária com a cooperação internacional das autoridades suíças em articulação com as equipas da Eurojust.
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