Nas últimas 24 horas, morreram 35 pessoas com Covid-19. Desde o início da epidemia, o país já registou um total de 380 óbitos. Estão confirmados 13.141 casos positivos para o novo coronavírus, mais 699 de ontem para hoje.
Os números dos últimos dias, no que aos novos casos confirmados diz respeito, têm revelado estabilidade, o que leva alguns especialistas a dizer que o pico da doença poderá já ter passado.
Porém, quando vemos o número de óbitos, encontramos um movimento ziguezagueante.
A 1 de abril houve 27 mortes em 24 horas, valor que no dia seguinte desceu para 22 e a 3 de abril disparou para o máximo de 37.
A seguir voltou a descer para a casa dos 20 e até 16, mas nos dois últimos dias saltou de novo para a casa dos 30 mortos.
Se o pico já terá passado, como se explica isto? Uma explicação é que as mortes têm atraso em relação às infeções, pois em média os pacientes morrem duas semanas depois da infeção.
Assim sendo, vale a pena comparar a curva dos óbitos com a curva das novas infeções ocorridas há duas semanas.
Quando fazemos essa comparação, constatamos que há duas semanas a curva das novas infeções estava quase sempre em crescimento, com exceção de 24 de março, tendo a 25 atingido um máximo de 633 novos casos confirmados em 24 horas.
A curva dos óbitos não tem a mesma consistência, como vemos, pois vai registando constantes acelerações e abrandamentos, mas de facto nos quatro últimos dias acompanha em paralelo a evolução da curva dos novos casos ocorridos há duas semanas.
Com o abrandamento dos novos casos, a curva dos óbitos deverá abrandar duas semanas depois.
A directora geral da Saúde confirmou a tendência de estabilização nos novos caso,s mas sublinhou que não se trata de um dado garantido e insistiu que ainda não chegou a hora de abrandar as medidas de isolamento social.