Operação Fizz. Orlando Figueira em liberdade

por RTP
Lusa

O tribunal decidiu esta terça-feira colocar em liberdade o ex-procurador Orlando Figueira, acusado de corrupção no âmbito da Operação Fizz. Este era o único arguido que estava detido preventivamente.

O coletivo de juízes decidiu que Orlando Figueira deixaria de estar em prisão domiciliária. O antigo procurador do DCIAP tinha sido detido a 16 de fevereiro de 2016. Estava em prisão domiciliária desde junho de 2016, com pulseira eletrónica.

Orlando Figueira foi ouvido esta tarde à porta fechada pelo coletivo de juízes que está a julgar o caso relacionado com a Operação Fizz e pela procuradora titular deste processo.

O tribunal considerou que está afastado o perigo de fuga que tinha sido um dos argumentos para ter sido determinada a prisão preventiva. Os juízes determinaram que Orlando Figueira tem de entregar o seu passaporte, não podendo deslocar-se para o estrangeiro. O arguido comprometeu-se a comparecer a todas as sessões de julgamento.
"Nunca me passou pela cabeça fugir e não é agora que vou fugir. Assumo as minhas responsabilidades até às últimas consequências, como sempre", afirmou Orlando Figueira à saída do tribunal, considerando que paulatinamente, "a verdade será reposta".

Orlando Figueira está acusado de ter sido corrompido pelo ex-vice-presidente de Angola.

O ex-procurador do DCIAP está pronunciado por corrupção passiva, branqueamento de capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documentos, Paulo Blanco por corrupção ativa em coautoria, branqueamento também em coautoria, violação de segredo de justiça e falsificação de documento em coautoria e Armindo Pires, também em coautoria, por corrupção ativa, branqueamento e falsificação de documento.
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