Operação Marquês. Defesa de Ricardo Salgado pede respeito pela doença e vida pessoal do ex-banqueiro

por RTP

A justiça não aceitou o diagnóstico de Alzheimer de Ricardo Salgado e, por isso, o julgamento vai prosseguir esta sexta-feira e ouvidas as alegações finais, contrariamente ao que pretendia a defesa. Esta sexta-feira serão ouvidas quatro testemunhas do processo, apesar de os advogados de defesa terem apresentado um requerimento ao tribunal, alegando que Ricardo Salgado foi diagnosticado com Alzheimer e, por isso, estará incapacitado de prestar declarações. À chegada ao tribunal, a defesa afirmou que "devia ser mais respeitada a doença de Alzheimer".

“Não é o arguido que decide ter alzheimer. Não foi o doutor Ricardo Salgado que decidiu ter esta doença. Não foi Ricardo Salgado que decidiu autolimitar o seu direito de defesa, a sua capacidade de prestar declarações. É a doença de Alzheimer”, afirmou Francisco Proença de Carvalho.

Aos jornalistas, o advogado deixou um pedido: “respeitem esta circunstância da vida pessoal, da vida de saúde de uma pessoa”.

“Esta defesa, para além de batalhar em tribunal pela demonstração da verdade, vai batalhar sempre numa coisa que é a preservação da dignidade humana, que se aplica a qualquer pessoa”, continuou. “Isto é a defesa de todos nós que está em causa, portanto peço respeito por isso”.
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