Operação Pandora V. Judiciária e Europol detêm quatro pessoas e apreendem bens culturais

por RTP
Mário Cruz - Lusa

A Polícia Judiciária (PJ), em cooperação com a Europol, deteve quatro pessoas e apreendeu património cultural no valor aproximado de 150 mil euros em 2020. No total, a Europol anuncia que a operação denominada “Pandora V”, envolvendo 31 países europeus, resultou na apreensão de mais de 56.400 bens culturais e na detenção de 67 pessoas.

A Polícia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, no ano de 2020, deteve quatro pessoas e apreendeu património cultural de valor aproximado de 150.000 euros, no âmbito de uma série de ações policiais conjugadas com a Europol, inseridas na operação Pandora V, desenvolvida em trinta e um países europeus”, lê-se num comunicado enviado pela Polícia Judiciária.

Entre os bens apreendidos está uma pintura de Almada Negreiros, um documento peruano do século XVI, uma pintura em madeira do pintor Diogo Conteiras, um painel do século XVII furtado de uma capela privada e mil azulejos furtados de uma quinta da Várzea de Sintra. Três suspeitos do furto destes azulejos foram detidos, assim como o autor do roubo da pintura de Almada Negreiros.

No comunicado, a PJ acrescenta que “irá prosseguir as investigações necessárias nos diversos inquéritos criados, com vista ao esclarecimento da mencionada atividade delituosa no nosso país”.

A operação “Pandora V”, que envolveu 31 países europeus sob coordenação da Europol, centrou-se no combate à atividade criminosa de furto, tráfico e viciação de obras de arte e bens culturais.

Em comunicado, a Europol informa que apesar das restrições impostas devido à pandemia da Covid-19, a edição 2020 da operação Pandora “foi a mais bem-sucedida até à data”, com mais de 56.400 bens culturais apreendidos. Estes bens culturais incluem objetos arqueológicos, móveis, moedas, pinturas, instrumentos musicais e esculturas.

Em França foram apreendidos 27.300 artefactos arqueológicos e as autoridades espanholas recuperaram mais de 7.700 bens culturais, no valor superior a nove milhões de euros.

Durante a operação, que decorreu entre 1 de junho e 31 de outubro de 2020, foram realizadas dezenas de milhares de ações de fiscalização e controlo em diversos aeroportos, portos, pontos de passagem de fronteira, bem como em casas de leilão, museus e residências particulares. Em resultado, foram abertas mais de 300 investigações e detidas 67 pessoas.
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