Foram retomadas esta manhã as operações na pedreira atingida pelo deslizamento de terras e pelo colapso do troço da estrada que liga Borba a Vila Viçosa. A prioridade das autoridades passa pela drenagem da água. Soube-se entretanto, esta manhã, que o Ministério do Ambiente e da Transição Energética determinou que, no prazo de 45 dias, a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), proceda a uma inspeção ao licenciamento, exploração, fiscalização e suspensão de operação das pedreiras situadas na zona onde ocorreu o acidente.
De acordo com o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora, as operações estiveram suspensas durante a noite, tendo sido retomadas logo pela manhã desta quarta-feira.
O comandante distrital, José Ribeiro, disse que a prioridade passa agora pela drenagem da água das pedreiras onde ocorreu o deslizamento de terras e, posteriormente, a tentativa de retirada do segundo corpo. O colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada terá arrastado para dentro da pedreira contígua, com cerca de 50 metros de profundidade, uma retroescavadora e duas viaturas civis
"É nosso objetivo às primeiras horas do dia iniciamos as operações de drenagem, utilizando as bombas e toda a capacidade instalada", disse José Ribeiro, num encontro com jornalistas, no quartel dos bombeiros de Borba, distrito de Évora, onde fez o balanço da atividade operacional.
Desta forma, acrescentou o responsável, "com a drenagem dos dois planos de água das pedreiras", a Proteção Civil acredita que terá "condições para operar e, essencialmente, fazer o reconhecimento com maior qualidade de todo o espaço".
As condições meteorológicas são hoje mais favoráveis. Ontem a chuva intensa e o vento forte dificultaram as operações.O que aconteceu?
O deslizamento de um grande volume de terra e o colapso do troço da estrada entre Borba e Vila Viçosa, no distrito de Évora, para o interior de uma pedreira, ocorreu na segunda-feira às 15h45.
O colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada terá arrastado para dentro da pedreira contígua, com cerca de 50 metros de profundidade, uma retroescavadora e duas viaturas civis, um automóvel e uma carrinha de caixa aberta. Há duas vítimas mortais confirmadas.
Na terça-feira, o comandante distrital de operações de socorro (CODIS) de Évora, José Ribeiro, disse que um dos corpos foi retirado da pedreira perto das 14h50.
O Ministério Público instaurou, entretanto, "um inquérito para apurar as circunstâncias que rodearam a ocorrência".
Soube-se também entretanto que a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) abriu um inquérito para apurar as condições de segurança e saúde dos trabalhadores da pedreira. A ACT enviou para o local uma equipa de inspetores.
C/ Lusa