Paulo Gonçalves constituído arguido no caso dos emails

por RTP
Reuters

O assessor jurídico do Benfica foi constituído arguido no caso dos emails, depois de buscas da Polícia Judiciária no Estádio da Luz e na sua casa. Como advogado, Paulo Gonçalves passa por inerência à condição de arguido.

Segundo apurou a RTP, Paulo Gonçalves foi constituído arguido no caso dos emails, na sequência de buscas da PJ ao Estádio da Luz esta quinta-feira. A condição de advogado obriga a que o assessor jurídico do Benfica seja considerado arguido quando é alvo de buscas.

A constituição de arguido “não reside em nenhuma suspeita concreta do processo, mas sim das exigências do próprio estatuto da ordem dos advogados que assim determina sempre que um advogado forneça informação num âmbito de um processo”.

O Estádio da Luz e o domicílio do empregado do Benfica foram alvos de buscas da Polícia Judiciária devido às denúncias de Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, que acusa o Sport Lisboa e Benfica de tentar influenciar a arbitragem em Portugal desde 2014.

As denúncias foram reveladas com acesso a emails trocados entre dirigentes benfiquistas e as suspeitas das autoridades sobre o clube da Luz são de corrupção ativa e passiva.
SAD não foi constituída arguida
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a SAD do Benfica revelou que colaborou com as autoridades durante o tempo em que a PJ esteve a realizar buscas no Estádio da Luz e garante que não foi constituída arguida.

"No dia de hoje foram realizadas buscas na sua sede social que, de acordo com a Procuradoria Geral Distrital de Lisboa, se relacionaram com o denominado `caso dos emails do Benfica`".

"Mais se informa que a Sport Lisboa e Benfica -- Futebol, SAD não foi constituída arguida e prestou toda a colaboração com vista ao apuramento dos factos".
Buscas na sede do Benfica
Durante a manhã desta quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República cofirmou que a Polícia Judiciária esteve presente no Estádio da Luz para fazer buscas relacionadas com o caso dos emails.

“No âmbito de um inquérito da 9ª secção do DIAP de Lisboa foram emitidos mandados de busca domiciliária e não domiciliária, relativos a investigação em curso pelos crimes de corrupção passiva e ativa”, pode ler-se numa nota da PGR.

De acordo com o organismo estaria em causa a investigação de crimes de corrupção ativa e passiva relacionado com os emails do Benfica.

Pouco depois, o Benfica confirmou a existência de buscas na sua sede e em comunicado afirmou que as mesmas "pecam por tardias" e que espera que seja investigada a violação do sistema informático encarnado. Algo que foi pedido, mas não executado.

Na semana passada, o clube da Luz viu uma providência cautelar ser recusada por um tribunal da comarca do Porto para travar Francisco J. Marques de continuar a revelar pormenores dos emails do Benfica no Porto Canal.
Diretor de Comunicação do FC Porto denuncia emails
Desde junho deste ano que Francisco J. Marques tem revelado detalhes de alegadas mensagens de correio eletrónico e telemóvel com conversas de dirigentes do Benfica, nomeadamente Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves.

De acordo com o Diretor de Comunicação do FC Porto, o Benfica tem tentado influenciar a arbitragem desde 2014.

(c/ Lusa)
Tópicos
pub