PCP e BE com dúvidas sobre lei de prioridades da política criminal

por Lusa

PCP e BE levantaram hoje dúvidas sobre a utilidade da proposta de lei de prioridades de política criminal de 2017-2019, mas que o Governo justificou com a necessidade de "reduzir sustentadamente" a criminalidade.

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, defendeu hoje, no parlamento, a proposta de lei sobre prioridades e orientações de política criminal para o biénio de 2017-2019.

Francisca Van Dunem afirmou que a lei visa a manutenção da "descida sustentada dos índices de criminalidade", sobretudo da criminalidade organizada.

Dois partidos que apoiam o Governo, PCP e BE, têm dúvidas quanto a este diploma, por motivos diferentes.

O deputado bloquista José Manuel Pureza questionou que o terrorismo seja um crime com uma prioridade na investigação superior, por exemplo, aos crimes de violência doméstica, que têm relevância em termos de números.

Como ainda questionou que a criminalidade económica esteja apenas em 16.º lugar nas prioridades deste diploma.

Pelo PCP, o líder parlamentar, João Oliveira, questionou a existência da própria lei, definindo prioridades na investigação criminal, dado que, defendeu, "põe em causa" a autonomia do Ministério Público nesta matéria.

 

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