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Pico da gripe deve acontecer entre o Natal e segunda semana do ano novo

por RTP
Tiago Petinga - Lusa

A estimativa é da Associação Nacional de Farmácias. Com base na dispensa de medicamentos e produtos de saúde para infeções respiratórias, a ANF adianta que o pico da gripe deve acontecer entre o Natal e a segunda semana do ano novo.

A estimativa da ANF resulta de um estudo realizado a partir dos dados de dispensa dos medicamentos nas farmácias. O trabalho foi hoje divulgado pelo Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), da associação.

De acordo com os investigadores do CEFAR, as farmácias conseguem antecipar em duas semanas a fase mais severa de contágios, com base nos dados diários da dispensa de medicamentos e produtos de saúde para infeções respiratórias.

De acordo com estes investigadores, o início da fase epidémica ocorreu há duas semanas. "Este novo instrumento tem grande valor para a saúde pública porque permite alertar a população para a necessidade de reforçar os comportamentos preventivos", disse à Lusa Nuno Rodrigues, da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, que colaborou na construção do estudo.

A recolha de informação, explica, "dá mais tempo aos serviços de saúde para planificarem a sua resposta".

"As farmácias têm todos os dias mais de meio milhão de oportunidades de contribuição para a saúde pública, através da dispensa de medicamentos, administração de vacinas e aconselhamento à população"
, afirmou à Lusa António Teixeira Rodrigues, diretor do CEFAR durante a divulgação dos dados. "O que é novo é que esse contacto maciço com a população permite reunir dados estatísticos em Saúde de grande valor para a sociedade."

Até agora, de acordo com os dados do "Vacinómetro", mais de 1,3 milhões de portugueses já se vacinaram contra a gripe. E verifica-se um aumento em todos os grupos em comparação com período homólogo do ano passado.

Desde o dia 15 de outubro, já se terão vacinado 1.187.042 idosos e 179.889 cidadãos com idades entre os 60 e os 64 anos, indicam os resultados da segunda vaga do relatório "Vacinómetro", que monitoriza a vacinação contra a gripe em grupos prioritários da época gripal 2019/2020.

Mais de metade (52%) dos indivíduos portadores de doença crónica já se vacinaram, o que representa um aumento de 11,3% face ao mesmo período de 2018, constituindo a subida mais significativa entre os grupos prioritários.

A época da vacinação contra a gripe arrancou no dia 15 de outubro em Portugal. Foram disponibilizadas dois milhões de vacinas, sendo que 1,4 milhões são para serem dadas gratuitamente a grupos de risco no SNS e cerca de 600 mil para venda em farmácias.

A DGS recomenda a vacinação aos profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados, incluindo os bombeiros, bem como a pessoas entre os 60 e os 64 anos, grávidas e alguns doentes crónicos.

Este ano, pela primeira vez, as vacinas são tetravalentes, protegendo contra quatro tipos de vírus, quando até aqui protegiam para um máximo de três. A vacina tetravalente faz aumentar a probabilidade de o conteúdo da vacina coincidir com os vírus que vão circular e há a expectativa de a vacina ser mais efetiva.

A gripe é uma doença contagiosa e que geralmente se cura de forma espontânea. As complicações, quando surgem, ocorrem sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos.

O Vacinómetro, que se realiza pelo 11.º ano consecutivo, é promovido pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), com o apoio da Sanofi Pasteur.

C/ Lusa
Lusa/Fim


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