Plano de Emergência Municipal de Carregal do Sal foi desativado

por Lusa

A Câmara de Carregal do Sal anunciou ter desativado às 16:50 de hoje o Plano de Emergência Municipal que vigorava desde a manhã de segunda-feira devido aos incêndios que atingiram aquele concelho.

Em comunicado, a autarquia refere que, apesar de ter desativado o plano, "mantém o acompanhamento das situações sinalizadas decorrentes dos últimos incêndios e continua a prestar a maior atenção à solidariedade que a tragédia impõe, designadamente ao nível do apoio social e de distribuição de bens".

O Plano de Emergência Municipal tinha sido ativado às 07:30 de segunda-feira, na sequência dos incêndios que deflagram em diversas localidades do concelho.

Depois de ter pedido aos munícipes que entregassem roupas, alimentos e produtos de higiene no edifício dos Paços do Concelho para depois serem distribuídos pelas vítimas dos incêndios, hoje a autarquia fez um apelo à doação de comida para os animais.

"Constatando-se que uma grande parte das pastagens é agora área ardida e que a comida que se destinava à sua alimentação foi, na sua maioria, consumida pelas chamas, apela-se à solidariedade de todos que possam contribuir para minimizar esta situação através da doação de rações e fardos", refere, em comunicado.

As entregas devem ser feitas no Parque Industrial da Gândara, em Carregal do Sal.

Segundo o presidente da Câmara de Carregal do Sal, Rogério Abrantes, o incêndio que cercou o concelho na madrugada de segunda-feira consumiu 70 a 80% da mancha florestal e uma dezena de casas, e provocou uma vítima mortal.

"Foi uma coisa horrorosa. Já tenho alguma idade, fui presidente de junta, presidente dos bombeiros e vivi estas coisas muitos anos, mas nunca vi uma coisa destas: foi o maior incêndio do concelho", disse à agência Lusa.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 42 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre terça-feira e hoje.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

 

 

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