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Plano de vacinação. Costa garante ser inadmissível "desistir de proteger a vida em função da idade"

por RTP

O primeiro-ministro publicou na rede social Twitter para se insurgir contra "critérios técnicos inadmissíveis para responsáveis políticos". Embora não refira diretamente o plano de vacinação contra a covid-19, a reação surge depois de ter vindo a público notícias sobre uma versão preliminar do plano de vacinação, que excluía idosos com mais de 75 anos. Em comunicado enviado às redações, o Ministério da Saúde vem dizer que “as informações vindas a público estão incluídas num documento meramente técnico e são parcelares e desatualizadas”.

António Costa garante ser inadmissível “desistir de proteger a vida em função da idade.


Poucos minutos antes, a ministra da saúde enviava um esclarecimento aos meios de comunicação social onde garantia que verno garante que estratégia de vacinação ainda não foi discutida com Ministério da Saúde nem validada.

O Ministério da Saúde considera adianta que “a estratégia de vacinação contra a Covid 19, em preparação pela Direção-Geral da Saúde (DGS), ainda não foi discutida com o Ministério da Saúde nem validada politicamente”.

Em comunicado, o Ministério da Saúde vem dizer que “as informações vindas a público estão incluídas num documento meramente técnico e são parcelares e desatualizadas”.

O documento preliminar deixou alguns especialistas perplexos, considerando que os mais velhos devem estar entre os primeiros a vacinar, por causa da mortalidade elevada entre estes grupos etários.
CDS pede audição urgente de Francisco Ramos
O CDS-PP requereu hoje uma audição parlamentar, com caráter de urgência, do responsável pela 'task force' que vai delinear o plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal, o ex-secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos.

"Em Portugal ainda não se conhece qualquer plano de vacinação (contra a covid-19) e só agora foi criada uma 'task force' que deverá estruturar todo este processo", critica a bancada parlamentar democrata-cristã, através de um requerimento endereçado à presidente da Comissão Parlamentar de Saúde.

O CDS considera que esta 'task force' "tem uma missão crítica e fundamental" e que esta é uma "operação que, para além de extremamente complexa, é uma verdadeira corrida contra o tempo".

Contudo, as informações são "escassas, avulsas e contraditórias", advogou o partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos.

Por isso, o grupo parlamentar do CDS-PP pede "uma audição, com caráter de urgência, do Dr. Francisco Ramos" naquela comissão parlamentar, "para prestar todos os esclarecimentos sobre o plano de vacinação contra a covid-19".

O CDS "está apreensivo relativamente a esta matéria, mais ainda porque existe a possibilidade de que as farmacêuticas que estão a produzir as vacinas contra a covid-19 tenham reservas quanto ao envio de doses para países que não tenham os sistemas de 'delivery' bem montados".

Ontem, tinha sido a vez do grupo parlamentar do PSD criticar o Governo por "só agora" determinar a elaboração de um plano de vacinação contra a covid-19, exigindo que o executivo socialista divulgue esta estratégia assim que o documento "seja aprovado".

"Enquanto numerosos países europeus já aprovaram os respetivos planos de vacinação contra a covid-19, o Governo português só agora determinou a elaboração desse plano, consabidamente um elemento crítico no combate à pandemia", criticou o PSD, no requerimento, dirigido à ministra da Saúde, Marta Temido.

O PSD acrescentou que está a ser ignorada "toda a logística" associada à vacinação, nomeadamente os "locais e as condições de transporte, armazenamento e administração, os profissionais de saúde responsáveis por essa administração, a definição dos grupos prioritários ou a calendarização e generalização da vacinação da população".

Foi esta quinta-feira publicado em Diário da República o despacho de constituição desta comissão, assinado pelos ministros da Defesa Nacional, Administração Interna e Saúde.

Ao núcleo de coordenação da 'task force' compete entregar em 30 dias todos os documentos necessários para definir na totalidade o plano de vacinação contra a covid-19, tanto do ponto de vista da logística (armazenamento e distribuição das diferentes vacinas), como da estratégia de vacinação (identificação dos grupos alvo prioritários, administração e seguimento clínico de resultados e reações adversas).

Deve ainda definir um plano de comunicação com a população sobre a vacinação contra a covid-19. Tem ainda de articular com os organismos responsáveis nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores todos os aspetos necessários à concretização do plano de vacinação contra a covid-19 naquelas regiões.

Na semana passada, o primeiro-ministro revelou que Portugal estava preparado para comprar cerca de 16 milhões de doses de três vacinas contra a covid-19 e adiantou que Bruxelas prepara um combate às campanhas de desinformação em relação à vacinação.

c/Lusa

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