Politécnico de Coimbra abre residência a profissionais de saúde e proteção civil

por Lusa

Coimbra, 07 abr 2020 (Lusa) -- O Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) anunciou hoje que disponibilizou uma residência de estudantes, na cidade, para acolher profissionais de saúde e proteção civil que estão a trabalhar contra a pandemia da covid-19.

A residência, situada na Quinta dos Olivais, junto ao Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), está "preparada para receber agentes" de saúde, de segurança e de proteção civil, afirma o IPC, numa nota enviada hoje à agência Lusa.

"Sabendo-se que muitos dos profissionais que estão na linha da frente não regressam a suas casas no intervalo dos turnos", o Politécnico preparou "uma das suas residências para ceder a estas pessoas que estão concentradas em prestar os melhores cuidados aos doentes, neste contexto extremamente difícil", afirma o presidente do IPC, Jorge Conde.

Os interessados em usufruir do espaço devem contactar os serviços do IPC por `email` (alojamento.sas@ipc.pt).

A residência tem disponíveis 15 quartos, com WC privativa, distribuídos por três pisos, refere o Instituto, indicando que "o edifício/bloco contempla um quarto de isolamento, de acordo com o Plano de Contingência dos Serviços de Ação Social do IPC (SASIPC) para a covid-19 e é exclusivo e isolado para este apoio".

O IPC pode, assim, "acolher, no mínimo, 15 pessoas que pretendam pernoitar uma ou outra noite/dia, por curtos ou longos períodos, em função da necessidade de cada um", conclui o Instituto, que também disponibiliza "roupa de cama e de banho".

A iniciativa do Politécnico de Coimbra conta com a solidariedade de outros agentes da sociedade, nomeadamente através de donativos de cadeias distribuidoras da região, com géneros alimentares, material descartável e de limpeza, sublinha Jorge Conde, citado na mesma nota, indicando que os interessados em contribuir para esta campanha deverão contactar o IPC.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).

Dos infetados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.

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