Portugueses precisam de transparência na CGD, diz Horta Osório

por RTP
RTP

António Horta Osório declarou, numa conferência pública, que a comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a polémica de Joe Berardo é uma “questão essencial em termos de transparência e confiança dos portugueses”.

O presidente executivo do Loyds Bank considera que, uma vez que a injeção de capital no banco público terá custado cerca de dois mil euros a cada família, os portugueses têm o direito de “saber o que aconteceu".

“A Caixa pediu um esforço enorme de recapitalização aos portugueses” e por isso é “um princípio fundamental de transparência e de justiça” dizer exatamente o que se passou aos portugueses. Além disso, trata-se de um banco público, afirmou.

Quanto ao empresário Joe Berardo, Horta Osório respondeu não querer fazer “comentários em particular, personalizados”, mas disse que, como tem vindo a referir “há vários anos, a questão da CGD é uma questão essencial em termos de transparência e de confiança dos portugueses, porque o banco pertence aos portugueses".


Horta Osório acrescentou ainda que a banca portuguesa está a ir "no bom caminho", mas alertou que ainda há muito por fazer, principalmente ao nível do crédito malparado.

O banqueiro alertou para os níveis e percentagens "preocupantes" atingidas no crédito malparado, de perto de 15 por cento e que têm vindo a descer de forma acelerada.

"Os bancos portugueses estão a apresentar resultados positivos, mas não devemos ser complacentes porque ainda há muito para recuperar", além disso, continuou, "o crédito malparado pode melhorar".

Na conferência da AICEP “Exportações & Investimento”, que decorre hoje na Nova School of Business and Economics, em Cascais, Horta Osório referiu ainda a importância de resolver rapidamente o problema da demografia em Portugal.



pub