Tal como o secretário de Estado da Proteção Civil, também o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Mourato Nunes, foi na quarta-feira constituído arguido na investigação ao negócio das golas anti-fumo, disse hoje à Lusa fonte ligada ao processo. Mourato Nunes nega ter qualquer envolvimento no caso.
Mourato Nunes, tenente-general e ex-comandante geral da GNR, foi constituído arguido, juntamente com o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves.
Numa nota á comunicação social, o presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil confirmou que, ao início da manhã de ontem, foi constituído arguido no processo relativo ao Programa "Aldeia Segura Pessoas Seguras".
Embora tenha sido constituído arguido, não se demitiu das suas funções e nega qualquer envolvimento no processo em investigação.
Mourato Nunes "não concede nas imputações invocadas quanto ao seu envolvimento em quaisquer que possam ser os factos deste processo", lê-se na nota.
O ex-comandante geral da GNR acrescenta que "continuará a colaborar ativamente com a Justiça, como é aliás seu dever, não deixando, porém, de exercer todos os direitos que o referido estatuto lhe confere, em sua defesa e no sentido do apuramento da verdade".
O Ministério Público está a investigar os negócios efetuados no âmbito dos programas "Aldeia Segura", "Pessoas Seguras" e "Rede Automática de Avisos à População" por suspeitas de fraude na obtenção de subsídio, de participação económica em negócio e de corrupção.
José Artur Neves foi um dos alvos de buscas e constituído arguido.
Mourato Nunes junta-se, segundo fonte citada pela Lusa, e tendo sido
também constituído arguido na sequência das diligências, na
quarta-feira.