O processo de mediação do Governo entre a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias e o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas falhou. Durou cerca de cinco horas a reunião com a estrutura representativa dos profissionais no Ministério das Infraestruturas. Está na calha uma nova greve, desta feita ao trabalho suplementar.
Caía a tentativa de mediação entre ANTRAM e o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).
O ministro Pedro Nuno Santos frisou que um dos lados quis apresentar condições antes de a mediação começar.
De acordo com André Matias Almeida, representante da ANTRAM, o sindicato rejeitou o processo de mediação, ao impor duas condições.
Pelo sindicato, o porta-voz Pedro Pardal Henriques acusava a associação patronal de não querer evitar uma futura greve por causa de 50 euros.
Em declarações à Antena 1, o assessor jurídico do SNMMP disse que vem aí nova greve dos motoristas às horas extraordinárias e fins de semana, a não ser que a ANTRAM se pronuncie.
Pedro Pardal Henriques disse também que está em aberto a hipótese de ser o Presidente da República o próximo mediador nas negociações.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que levou o Governo a adotar medidas excecionais para assegurar o abastecimento de combustível, terminou no domingo, ao fim de sete dias de protesto, depois de o SNMMP, que se mantinha isolado na paralisação desde quinta-feira à noite, a ter desconvocado.