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Projeto "Aldeias Resilientes" abrange 25 localidades do distrito de Leiria

por Lusa

Pedrógão Grande, Leiria, 25 nov (Lusa) - Vinte e cinco localidades dos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos (distrito de Leiria), afetados pelos violentos incêndios de 17 de junho, integram o projeto-piloto "Aldeias Resilientes", foi hoje anunciado.

Desenvolvido pela Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, em parceria com a Aprosoc - Associação de Proteção e Socorro e a WIT-Software, o projeto prevê a constituição de equipas locais de resposta e emergência, que devem entrar em funcionamento até 01 de junho do próximo ano.

Segundo a presidente da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, Nádia Piazza, no âmbito do plano de ação que está a ser elaborado para cada uma das aldeias "vão surgir as equipas locais de resposta e emergência, que vão ser treinadas, e as aldeias vão ser equipadas".

O projeto, acrescentou, está incluído no Plano de Revitalização do Pinhal Interior (região Centro), que deve ser aprovado muito brevemente em Conselho de Ministros, com o nome de "Aldeia Segura".

"Temos alimentado a firme convicção de que pessoas e aldeias devem ser mais resilientes e têm de contar consigo próprias, porque foi o que aconteceu [em junho]", disse Nádia Piazza, salientando que, em situações limite, como a que aconteceu, não se pode "contar com ninguém, com nenhuma estrutura pública ou associativa".

A presidente da associação entende que, depois de "aprendida a lição", há que "retomar algum saber do passado e a população local tem de ter formação e estar preparada para os primeiros socorros e intervenção nos incêndios".

Para já, na primeira fase do projeto, estão a ser inventariados os equipamentos de cada aldeia, casas devolutas, de primeira e habitação, população permanente e sazonal, idosos, acamados, crianças, pontos de encontro, equipamentos, infraestruturas, pontos de água e carrinhas com caixa aberta para carregarem motobombas.

"O nosso questionário está a ser melhorado conforme as entrevistas vão ocorrendo", sublinhou a dirigente, salientando que os parceiros no projeto são uma associação específica na área da proteção e socorro e parceiro de base tecnológica, que "é uma das melhores empresas do mundo".

De acordo com Nádia Piazza, o projeto-piloto "Aldeias Resilientes" conta atualmente com 30 voluntários das três entidades envolvidas.

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