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Proteção Civil demorou duas horas a reagir à queda do helicóptero

por RTP

A poucos quilómetros ao lado, os habitantes das aldeias de Campo e de Couce ouviram a aeronave a despenhar-se ao final da tarde de sábado. Às 18h45, um dos habitantes da aldeia ligou para o 112.

Segundo Marco Martins, comandante distrital da Proteção Civil do Porto, "essa chamada 112 cai no CONOR - Comando Regional do Norte - que por sua vez a transferiu para a GNR. É uma única chamada de um popular que dizia ter visto helicóptero e que ouviu barulho".

O comandante distrital da Proteção Civil diz que os guardas regressaram ao posto da GNR de Campo sem nada terem encontrado e sem alertarem outras entidades. A RTP procurou resposta, a GNR não comenta.

À mesma hora, a NAV, a entidade que gere o tráfego aéreo, começava a contactar várias entidades de socorro. Havia mais de meia hora que não tinha sinal do helicóptero do INEM e por isso alertou os Comandos Distritais de Operações de Socorro do Porto, de Braga e de Vila Real. Mas nenhum dos três antedeu a chamada.

A NAV contactou então a Força Aérea e só depois disso arrancaram com as operações no terreno. O alerta foi lançado pela Proteção Civil quase duas horas depois dos primeiros relatos de despiste do helicóptero.

Os CDOS de Braga e Vila Real negam ter sido alertados antes disso. Já o comandante distrital do Porto agendou uma conferência de imprensa. Mas fugiu a perguntas.

O Ministro da Administração Interna já ordenou à Proteção Civil a abertura de um inquérito muito urgente para apurar responsabilidades e perceber se o alerta falhou.
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