O PSD afirmou hoje que o relatório sobre o furto de material de guerra nos Paióis Nacionais de Tancos não traz conclusões nem factos novos, classificando-o como "a continuação de uma espécie de novela de falta de esclarecimento" sobre o que aconteceu.
No final da reunião do grupo parlamentar do PSD, o líder parlamentar, Fernando Negrão, apontou que este foi um dos dois temas tratados hoje pela bancada, a par dos incêndios.
"O relatório de Tancos não é mais que um repositório de documentos, não nos traz conclusões, não traz factos novos, é mais uma vez a continuação de uma espécie de novela, de falta de esclarecimento sobre o que aconteceu efetivamente nos paióis de Tancos", lamentou Fernando Negrão.
O líder parlamentar salientou que "a segurança é um bem fundamental para os portugueses" e remeteu para a Comissão de Defesa uma análise mais aprofundada do relatório e a decisão de pedir ou não audições sobre este caso.
O relatório enviado na quarta-feira pelo Ministério da Defesa ao parlamento remete para a investigação criminal a "resposta cabal" ao "quem, quando, porquê e como" foi perpetrado o furto de material militar de Tancos.
Na introdução do relatório, intitulado "Tancos 2017: Factos e documentos", o Ministério da Defesa admite como "evidentemente legítima" a pergunta de "quem, quando, porquê e como perpetrou o furto de material de guerra nos Paióis Nacionais de Tancos".
Contudo, recomenda que se deverá aguardar "serenamente, para resposta cabal, pelo termo das investigações (que, à data da divulgação deste dossier, ainda decorrem), orientadas por quem de direito, o Ministério Público".
O Exército divulgou no dia 29 de junho do ano passado o desaparecimento de material militar dos paióis de Tancos - entretanto desativados - que foi recuperado pela Polícia Judiciária Militar em outubro, a 21 quilómetros do local.