Lisboa, 04 dez (Lusa) - A PSP deteve sete pessoas numa operação que permitiu desmantelar uma rede de tráfico de droga responsável pelo abastecimento no distrito de Lisboa e outras zonas do país, anunciou hoje aquela força de segurança.
Em conferência de imprensa para explicar a operação, que decorreu na madrugada de sexta-feira, o comandante da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da PSP, intendente Resende da Silva, adiantou que uma das sete detenções foi feita em Olhão em flagrante delito por posse de droga.
Segundo Resende da Silva, este detido tinha na sua posse droga que terá entrado no país por via terrestre a partir de Espanha, sendo esta a forma como o produto estupefaciente chegava a Portugal.
Durante a operação realizada em Lisboa, Olhão e Almada, que resultou de uma investigação iniciada há cerca de um ano, foram feitas dez buscas domiciliárias que permitiram a apreensão de cerca de vinte quilogramas de haxixe, dois quilogramas de cocaína e perto de um quilo de ecstasy, bem como quase 50 mil euros em numerário, seis veículos, vinte telemóveis, três balanças de precisão, dois computadores e três armas de fogo, explicou.
Resende da Silva afirmou que esta rede, seis homens e uma mulher, não era violenta, mas já tinha "uma dimensão considerável" e era "responsável pelo abastecimento substancial da cidade de Lisboa e também fora" dela, tendo em conta os montantes de droga e de dinheiro apreendidos.
"Estamos a falar de venda direta ao consumir", disse, sublinhando que a atividade do tráfico de droga centrava-se no distrito de Lisboa, margem sul e outras zonas do país.
Segundo a Polícia de Segurança Pública, trata-se de uma rede "bastante organizada, capaz de fazer escoar grandes quantidades de droga, em curtos espaços de tempo, podendo dessa forma auferir grandes quantidades de dinheiro".
Dos sete detidos, entre os 23 e os 32 anos, apenas um não tinha qualquer histórico, tendo os restantes antecedentes criminais pelo mesmo tipo crime, frisou.
Durante o fim de semana, os sete detidos foram ouvidos por um juiz de instrução, tendo dois deles ficado em prisão preventiva e quatro obrigados a apresentações periódicas.
Resende da Silva disse ainda que os dois detidos que ficaram em prisão preventiva são os principais responsáveis pela rede.
