Reportagem

Borba. Autoridades procuram vítimas em pedreira após aluimento de terras

por RTP

O Comandante Distrital de Operações de Socorro de Évora confirmou que a derrocada provocou pelo menos duas vítimas mortais e que quatro pessoas continuam desaparecidas. Durante a noite de hoje, as equipas de resgate irão desencadear um conjunto de operações para resgatar as duas vítimas que os operacionais já observaram, mas que ainda não conseguiram retirar.

Mais atualizações

23h30 - Concluímos aqui o acompanhamento dos principais incidentes

As operações de resgate continuam por tempo indeterminado. Quatro pessoas permaneciam desaparecidas ao início da noite.


Recorde-se que o alerta de desabamento surgiu durante a tarde. Há confirmação de pelo menos duas vítimas mortais, que a esta hora ainda não tinham sido retiradas.

22h30 - "Apuramento cabal" de responsabilidades

A Associação dos Industriais dos Mármores exigiu esta segunda-feira o "apuramento cabal de todas as responsabilidades".

"A reação possível nesta hora de grande tragédia é a preocupação por, rapidamente, se acudir às vítimas do acidente, bem como aos seus familiares. (...) Depois, com tempo, e sem precipitações, verificar o sucedido, com o apuramento cabal de todas as responsabilidades", defendeu Miguel Goulão, vice-presidente daquela associação, numa reação enviada por escrito à agência Lusa.

22h26 - Causas de aluimento de terras vão ser investigadas, garante secretário de Estado

José Artur Neves, secretário de Estado da Proteção Civil, também esteve na conferência de imprensa desta noite.

O governante assegurou que as causas do deslizamento de terras vão ser investigadas, mas que o momento atual é para o socorro e para a mobilização dos meios necessários.

21h50 - "Condições de máxima segurança"

O presidente da Câmara de Borba, António Anselmo, realçou a dificuldade das operações de resgate, explicando que é necessário garantir as "condições de máxima segurança" dos operacionais.

"A Câmara fará os impossíveis" para apoiar equipas de resgate, garantiu o autarca, esclarecendo que está de "consciência tranquila" em relação ao sucedido.

21h37 - Operações podem durar dias

A operação de busca e resgate de vítimas do deslizamento de terras poderá durar horas ou dias, segundo o presidente da Associação Portuguesa de Técnicos de Segurança e Proteção Civil (AsproCivil), Ricardo Ribeiro.

"É, de facto, uma operação de grande complexidade, por várias razões", e "pode demorar horas ou vários dias", dependendo da "maior ou menor dificuldade" no acesso às vítimas, disse.

De acordo com as informações disponíveis, frisou, a parte da pedreira onde ocorreu o deslizamento de terras "não tem acesso direto, ou seja, o acesso é feito verticalmente, através de meios mecânicos".

"Portanto, há a necessidade de fazer o socorro através daquilo a que chamamos o grande ângulo, ou seja, através de corda e com uma maca de evacuação vertical", explicou.

Depois, continuou, "há um outro aspeto a ter em conta, que é a segurança das equipas de socorro", porque as autoridades "ainda estão a avaliar o risco de haver continuidade de movimentação de terras", ou seja, de novos deslizamentos.

21h00 – Ponto de situação

O Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Évora, José Ribeiro, confirma que a derrocada provocou pelo menos duas vítimas mortais. Quatro pessoas continuam desaparecidas.

Não se sabe ainda quanto tempo irão durar as operações de resgate. “São operações muito delicadas, em que cada decisão e cada ação terão de ser bem calculadas, ponderadas e validadas, sob pena de pormos em risco os próprios operacionais que estão no terreno”, afirmou José Ribeiro.

No local encontram-se 84 operacionais apoiados por 39 veículos. Durante a noite de hoje, as equipas de resgate irão “desencadear um conjunto de operações para fazer o resgate das duas vítimas” que os operacionais já observaram, mas que ainda não conseguiram retirar.

Uma retroescavadora e dois veículos caíram de uma altura de cerca de 90 metros.

20h35 - Geradores

A queda de um posto de iluminação dificultou as operações dos meios de socorro enviados para o local do colapso de uma estrada sobre uma pedreira, na região de Borba.

A reportagem da RTP pôde observar o transporte de geradores para o local do aluimento.

20h28 -  Em síntese

Pelo menos duas pessoas morreram após a derrocada da estrada que liga Borba a Vila Viçosa. Outras três continuavam desaparecidas ao início da noite.

O troço que abateu caiu sobre uma pedreira. Na derrocada, dois carros ligeiros e uma retroescavadora foram arrastados.

As autoridades já tinham sido alertadas para a falta de segurança neste troço, que nunca foi interditado.

20h02 - Estrada é gerida desde 2005 por municípios


A Infraestruturas de Portugal esclareceu que a estrada onde ocorreu o aluimento de terras foi transferida em 2005 para "a jurisdição dos municípios" de Borba e de Vila Viçosa, pelo que "já não é uma estrada nacional".

Assim, são estes municípios que têm a responsabilidade direta pela manutenção e conservação desta via rodoviária.

Questionada se há registo de problemas nesta estrada até 2005, a empresa Infraestruturas de Portugal não adiantou, para já, essa informação.

19h24 - CODIS vai fazer ponto de situação

O Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Évora, José Ribeiro, vai fazer o ponto de situação às 20h45 a partir do Quartel de Bombeiros de Borba.

Irão também estar presentes o secretário de Estado da Proteção Civil, o presidente da Câmara de Borba e o comandante do corpo de bombeiros.

18h40 - Marmetal alertou sobre perigos da estrada

Luís Sotto Mayor, administrador da Marmetal - empresa daquela zona que se dedica à exploração de mármore - diz que a empresa já tinha pedido que a estrada que hoje caiu ficasse interdita à circulação rodoviária.

O administrador conta ainda que há duas pedreiras junto à estrada, uma que está parada e outra em funcionamento.

18h34 - Estrada era “perigosa há vários anos”

Ângelo Sá, ex-presidente da Câmara de Borba, afirmou que esta é uma estrada cheia de perigos e que há muito se temia um acidente.

Em declarações à RTP, o antigo autarca assinala que a estrada era um ponto de passagem para muitos veículos pesados e ligeiros.

Segundo Ângelo Sá, a pedreira onde caiu o troço de estrada já não estava em funcionamento há cerca de dois anos, razão pela qual acumulou água.

18h30 - "A estrada passou a ser uma ponte"

Gonçalo Ventura, jornalista da RTP, é natural da zona de Vila Viçosa e explica que a estrada que abateu estava muito frágil devido ao avanço crescente da exploração das pedreiras nos últimos anos.

Recentemente, eram vários os alertas sobre os potenciais perigos nesta estrada que liga Borba a Vila Viçosa.

18h23 - Duas vítimas mortais

Foram confirmadas duas vítimas mortais.

As operações de socorro mobilizam agora 48 operacionais e 18 veículos das autoridades, além de um helicóptero do INEM.

18h03 - Imagens recolhidas no local

O colapso de um troço de cerca de 100 metros da estrada terá arrastado para dentro da pedreira contígua, com cerca de 50 metros de profundidade, uma retroescavadora e duas viaturas civis, um automóvel e uma carrinha de caixa aberta. Há duas vítimas mortais confirmadas.



17h58 - "Toneladas de material"

Em declarações à RTP3, António Anselmo, presidente da Câmara de Borba, diz que o abate da estrada foi muito significativo, falando mesmo em "toneladas de material" que caíram de forma abrupta. 


17h55 - Retroescavadora e dois automóveis arrastados

Uma retroescavadora e dois automóveis foram arrastados para o interior da pedreira. É ainda incerto o número de vítimas, indicou fonte do INEM.

A retroescavadora seria de uma empresa que opera numa das pedreiras da zona, enquanto os automóveis seriam de particulares.

O INEM acrescentou que já acionou um helicóptero, uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER), uma ambulância de suporte imediato de vida (SIV) e diversas ambulâncias de várias corporações de bombeiros, além de uma equipa de psicólogos.

17h45 - Bombeiros mobilizados

Foram mobilizadas todas as corporações de bombeiros dos concelhos vizinhos: Alandroal, Vila Viçosa e Estremoz.


No local da derrocada estão agora 43 operacionais, 14 viaturas e um helicóptero. Está montado um perímetro de segurança de cerca de 600 metros.

17h20 - Estrada colapsou

A Proteção Civil suspeita que quatro a cinco pessoas poderão ter ficado submersas esta segunda-feira numa pedreira na zona de Borba, no distrito de Évora, depois de uma estrada ter abatido, segundo fonte dos bombeiros.

A fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora adiantou que, na sequência de um aluimento de terras entre Borba e Vila Viçosa, a estrada abateu para dentro da pedreira, que fica contígua.

"Há a suspeita de quatro a cinco vítimas que estarão submersas no interior da pedreira", relatou a fonte, referindo que o alerta foi dado às 15:45.

As operações de socorro mobilizavam pelas 17h00 28 operacionais e 10 veículos das autoridades, além de um helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

A pedreira está localizada junto à Estrada Nacional (EN) 255.