A greve dos motoristas de matérias perigosas vai continuar. Terminou sem acordo a reunião que juntou o ministro das Infraestruturas e os representantes do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas.
Os motoristas de matérias perigosas cumprem este sábado o sexto dia de uma greve convocada por tempo indeterminado, depois de ter falhado um acordo mediado pelo Governo numa reunião que durou cerca de dez horas.
O assessor jurídico da estrutura sindical, Pedro Pardal Henriques, ouvido na última madrugada pela Antena 1, disse que a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) não aceitou as reivindicações dos motoristas.
Apesar de não ter estado na reunião no ministério das Infraestruturas, a associação patronal fez chegar ao Governo uma proposta idêntica à que foi enviada à FECTRANS e ao Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM).
À Antena 1, o porta-voz da ANTRAM, André Matias de Almeida, explicou que não é possível aceitar a contraproposta apresentada pelos motoristas de matérias perigosas.
As reivindicações apresentadas pelos motoristas em resposta à proposta da ANTRAM não têm viabilidade, entendem os patrões.
Por isso, o Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas mantém a greve.
Para domingo está marcado um novo plenário, no qual vai ser feito um ponto de situação da greve e o que fazer a seguir.
Para o primeiro-ministro, é tempo de haver acordo. Depois do encontro semanal com o Presidente da República, António Costa sublinhava a importância de a greve dos motoristas chegar ao fim.