Foto: Tiago Petinga - Lusa
O líder do PSD afirmou esta sexta-feira, à saída da audiência com o primeiro-ministro, que a situação é grave e que isso não pode ser escondido, de modo a que as pessoas adequem os comportamentos. Dando exemplos como os ajuntamentos na Nazaré, Rui Rio disse que estes fogem à lógica legal e do bom senso, pondo em risco a saúde de todos. Alertou que o estado de emergência não será o que aconteceu em março ou abril. "Escusam de ter medo porque não vai ser assim. Mas devia ser. Infelizmente, não será porque não pode ser", argumenta. E garante que o PSD está do lado da solução, apesar de não passar carta branca ao Executivo.
Rui Rio refere que cabe ao Governo apresentar soluções e à oposição apresentar propostas, o que estão a fazer. Mas adianta que agora é também feita uma análise à atuação do Governo, que "não é positiva", estando a agora a ver-se os resultados. Alerta, no entanto, que o país está primeiro e o PSD quer fazer parte da solução.
"Estaremos sempre do lado da solução"
Questionado se o PSD apoiará uma eventual proposta de estado de emergência, que tem de ser votado no parlamento, Rio respondeu que o partido não passará "uma carta branca ao Governo", mas não irá obstaculizar o que for necessário para o país.
"Estaremos sempre do lado da solução, nunca a obstaculizar, nunca a tirar partido da situação, isso nunca acontecerá", assegurou.
Rui Rio foi o primeiro líder partidário a ser recebido em São Bento, num dia em que António Costa ouve todos os nove os partidos com representação parlamentar para procurar um consenso para a adoção de medidas imediatas de combate à pandemia de covid-19, que tem registado um continuado aumento em Portugal.