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"Escusam de ter medo". Rio diz que estado de emergência será diferente

por RTP

Foto: Tiago Petinga - Lusa

O líder do PSD afirmou esta sexta-feira, à saída da audiência com o primeiro-ministro, que a situação é grave e que isso não pode ser escondido, de modo a que as pessoas adequem os comportamentos. Dando exemplos como os ajuntamentos na Nazaré, Rui Rio disse que estes fogem à lógica legal e do bom senso, pondo em risco a saúde de todos. Alertou que o estado de emergência não será o que aconteceu em março ou abril. "Escusam de ter medo porque não vai ser assim. Mas devia ser. Infelizmente, não será porque não pode ser", argumenta. E garante que o PSD está do lado da solução, apesar de não passar carta branca ao Executivo.

Rui Rio diz que pandemia é "substancialmente mais grave do que em março ou abril". "É preciso que sejam todos os portugueses a estarem conscientes disto", referindo-se a um aumento do número de casos para vários milhares.

Rui Rio refere que cabe ao Governo apresentar soluções e à oposição apresentar propostas, o que estão a fazer. Mas adianta que agora é também feita uma análise à atuação do Governo, que "não é positiva", estando a agora a ver-se os resultados. Alerta, no entanto, que o país está primeiro e o PSD quer fazer parte da solução.

Alerta que estado de emergência não será o que aconteceu em março ou abril, de fechar o máximo possível. "Escusam de ter medo porque não vai ser assim. Mas devia ser. Infelizmente, não será porque não pode ser", por causa da economia, argumenta.

"Irá o Governo avaliar amanhã [sábado] aquilo que quer fazer e se para o que quer fazer necessita desse quadro legal, mas o estado de emergência, infelizmente, não pode ser da mesma forma que em março e abril", afirmou Rio, dizendo que tal seria desejável pelo lado saúde, mas impossível pela economia.

Rio advoga que, neste momento, as medidas que foram implementadas na primeira vaga não vão ser possíveis, apesar de "terem sido eficazes" porque a economia não aguenta. Agora, o estado de emergência vai servir de uma espécie de enquadramento legal para tomar medidas mais contidas.
"Estaremos sempre do lado da solução"
Questionado se o PSD apoiará uma eventual proposta de estado de emergência, que tem de ser votado no parlamento, Rio respondeu que o partido não passará "uma carta branca ao Governo", mas não irá obstaculizar o que for necessário para o país.

"Estaremos sempre do lado da solução, nunca a obstaculizar, nunca a tirar partido da situação, isso nunca acontecerá", assegurou.

"Esta medida que é mais evidente que está em cima da mesa, ir monitorizando concelho a concelho e ir avaliando as medidas necessárias, parece-nos inteligente e equilibrada", disse.

Rui Rio foi o primeiro líder partidário a ser recebido em São Bento, num dia em que António Costa ouve todos os nove os partidos com representação parlamentar para procurar um consenso para a adoção de medidas imediatas de combate à pandemia de covid-19, que tem registado um continuado aumento em Portugal.
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