Sete dos 10 suspeitos de burla com falsa empresa corretora da Bolsa em prisão preventiva

por Lusa

Sete dos 10 detidos suspeitos de pertencerem a um grupo que operava através de uma falsa empresa corretora de ações de Bolsa ficaram hoje em prisão preventiva, após interrogatório judicial.

Segundo adiantou à agência Lusa fonte do Tribunal Judicial de Lisboa, aos restantes três arguidos foram aplicadas como medidas de coação apresentações bissemanais às autoridades, entrega dos respetivos passaportes e proibição de contactos com outros arguidos e funcionários das empresas em causa.

De acordo com informação policial divulgada na sexta-feira, os suspeitos, oito homens e duas mulheres, são todos de nacionalidade brasileira e têm idades entre os 20 e os 40 anos.

Na ocasião, O Comando Metropolitano de Lisboa da PSP referiu que a operação, efetuada na área metropolitana da capital, visou "um grupo criminoso" associado a burlas qualificadas e crimes económicos e financeiros.

Nas buscas realizadas, precisou a PSP, foi possível apreender "centenas de materiais informáticos e cerca de um milhão de euros que já se encontrava convertido em criptomoedas".

Em declarações à Lusa, o comissário André Teixeira indicou que a operação policial era para cumprimento de oito mandados de busca domiciliária e cinco mandados de busca não domiciliária.

A PSP adiantou que a operação, "relacionada com criminalidade associada a burlas qualificadas e crimes económicos e financeiros, incidiu maioritariamente em Lisboa e na margem Sul do Tejo".

Segundo a PSP, o "grupo criminoso" operava através de "uma falsa empresa corretora de ações na bolsa", que tinha como único propósito "burlar os seus clientes e despojá-los do dinheiro investido".

As vítimas eram selecionadas através de aplicações de dados que indicavam aos operacionais da rede "não só os seus números de contacto, mas também os seus `hobbies`, interesses, capital financeiro e perfil psicológico", refere ainda a PSP.

Após contacto com as vítimas, foi percetível que "muitas delas ficaram numa situação económica muito debilitada", relatou a PSP, salientando que se crê ter sido desmantelada "uma rede criminosa responsável por milhares de vítimas fora do território nacional".

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