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Sindicato dos Enfermeiros refere que prémio gera "sentimentos de revolta e injustiça"

por RTP

O prémio previsto no Orçamento Suplementar para os profissionais de saúde que estiveram no combate da pandemia na primeira fase só foi regulamentado no último sábado em Conselho de Ministros. Os sindicatos contestam "critérios limitativos" e lamentam que não seja atribuído a todos os profissionais.

Em entrevista à RTP, Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, afirmou que o prémio aos profissionais é "discriminatório" e que "a maior parte dos enfermeiros não vai receber este mesmo prémio".

O prémio do Governo só abrange profissionais de saúde que estiveram na primeira vaga da pandemia. Segundo Guadalupe Simões, isto significa que "dos 45 dias do primeiro estado de emergência só será atribuído a quem trabalhou durante 30 dias de forma consecutiva e sistemática com doentes covid, apenas nas áreas dedicadas ao Covid".

"Mas a malha é tão fina que a maior parte dos enfermeiro não vai receber este prémio, inclusive aqueles que estando em serviços de internamentos de hospitais que também tiveram doentes internados com Covid não serão abrangidos", continuou a enfermeira, que frisou que, por isso, "entendemos que é discriminatório".

"A nossa proposta era que fosse atribuída a menção qualitativa (...) a todos os enfermeiros, porque isso sim, seria a forma de reconhecer que todos os enfermeiros tiveram um desempenho relevante no combate a esta pandemia".

A representante do Sindicato dos Enfermeiros referiu que a decisão do Governo gerou sentimentos de "revolta e injustiça", porque "todos os profissionais de saúde, em concreto os enfermeiros, empenharam-se no combate a esta pandemia".
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