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Tempestade Helene poderá afetar continente, mas só sob a forma de agitação marítima

por RTP
Nasa via EPA

Os efeitos da tempestade tropical Helene, que deverá atravessar os Açores no sábado, poderão atingir o continente na segunda-feira, mas só sob a forma de agitação marítima.

Em comunicado, o IPMA detalhou na quinta-feira que a tempestade tropical Helene evoluía a 1.540 quilómetros a sudoeste do arquipélago, deslocando-se para norte a uma velocidade de 30 quilómetros por hora, quando eram 21h00 (mais uma hora em Lisboa).

O IPMA explicou ainda que houve "um desvio da trajetória mais para leste do que o previsto", pelo que será provável (entre 40 a 70 por cento de probabilidade) que o centro da tempestade atravesse a zona entre os grupos ocidental - ilhas das Flores e do Corvo - e central - Faial, Pico, São Jorge, Terceira e Graciosa.

Em resultado, "o vento e a agitação marítima deverão ser mais elevados do que inicialmente previsto nas ilhas do grupo central", sendo pouco provável que o centro da tempestade passe pelo grupo oriental (São Miguel e Santa Catarina).

Para o fim de semana, o Instituo Português do Mar e da Atmosfera prevê vento sopre forte a muito forte, com rajadas até 120 quilómetros por hora nos grupos ocidental e central. Espera-se também chuva forte e ondas do quadrante sul entre seis a oito metros de altura.

Ainda na quinta-feira, o IPMA emitiu avisos amarelo e laranja para os Açores devido à previsão de chuva, vento e agitação marítima no fim de semana.

Diamantino Henriques, delegado do IPMA Açores, alerta para ventos semelhante aos de uma tempestade de inverno forte com a passagem da tempestade tropical.


Diamantino Henriques, delegado do IPMA Açores, alerta para ventos semelhante aos de uma tempestade de inverno forte.

De acordo com Patrícia Gomes, meteorologista do IPMA, os efeitos da tempestade tropical poderão ser sentidos na faixa costeira ocidental de Portugal Continental e na Madeira a partir da próxima segunda-feira.

Em declarações à agência Lusa, a responsável diz que ainda não há certezas sobre se será emitido um aviso amarelo, uma vez que as previsões apontam para ondas de 3 a 3,5 metros e esse aviso só é emitido para agitação marítima com alturas superiores a quatro metros.

Só durante o fim de semana é que deverão surgir mais informações e pormenores sobre os eventuais efeitos da tempestade. 

"Neste momento temos cinco perturbações tropicais no Atlântico: o Florence, que atingiu a costa leste dos Estados Unidos, a tempestade Joyce, a tempestade Isaac e a Helene, que baixou de categoria para tempestade tropical, e uma perturbação no Golfo do México que não irá evoluir para tempestade tropical. Estas perturbações tropicais no Atlântico acabam por dar alguma incerteza", explicou a responsável.

c/ Lusa

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