Várias corporações de bombeiros combatem fogo no concelho do Funchal

por RTP
Madeira regista temperaturas elevadas e a zona de São Roque está a ser afetada Buckshornet WFC - Twitter

As duas corporações de bombeiros do Funchal, apoiadas por outras três da Madeira, foram hoje mobilizadas para o combate a um incêndio que deflagrou numa zona florestal na freguesia de São Roque, nas zonas altas do concelho.

Segundo fonte da Câmara Municipal do Funchal, para reforçar o combate efetuado pelos bombeiros do Funchal (Municipais e Voluntários) foram chamadas as corporações de Machico, Câmara de Lobos e Ribeira Brava.

O presidente do município do Funchal, Paulo Cafôfo, convocou a comunicação social para fazer o ponto da situação, na sede do quartel do Bombeiros Municipais, ao final da tarde.

A densa coluna de fumo é visível desde a baixa da cidade e espalhou-se por uma vasta área.

Uma testemunha no local disse que o fogo "está nas imediações de residências", "a subir a encosta para zonas inacessíveis, e que "o vento está a dificultar o combate".

A Madeira está sob alerta laranja devido às temperaturas elevadas, que se têm situado entre os 29 e 34 graus, mas atingiram hoje os 37.

Residentes retirados de casas

Os residentes das zonas afetadas pelo incêndio florestal que deflagrou na freguesia de São Roque, no Funchal, estão a ser retirados das habitações devido ao denso fumo provocado pelo fogo, disse o presidente do município, Paulo Cafôfo.

"O incêndio ameaçou residências, as pessoas de algumas casas estão a ser retiradas, mas até ao momento nenhuma moradia foi danificada", afirmou Paulo Cafôfo numa conferência de imprensa para fazer o ponto da situação da operação, pelas 18h00.

RTP


O incêndio foi detetado pelas 15h30, no sítio da Alegria, nas zonas altas do concelho do Funchal, um foco que "está controlado", mas estendeu-se para as áreas do Galeão e Lombo Jamboeiro, "nos quais lavra com mais intensidade", adiantou o autarca.

O responsável, que esteve acompanhado pelo comandante dos Bombeiros Municipais do Funchal, José Minas, acrescentou existir a informação de que "o fogo está a chegar à zona do campo [de futebol] do Andorinha e poderá estender-se entre a Ribeira Grande e a Fundoa (freguesia de Santo António), que é a zona mais crítica".

Paulo Cafôfo mencionou que no terreno estão 50 bombeiros, das duas corporações do Funchal (Municipais e Voluntários Madeirenses), dos municipais de Machico e de Câmara de Lobos, apoiados por 12 viaturas, tendo sido já requisitados mais 24 elementos para reforçar o combate.

"Até ao momento não há nenhuma habitação afetada", assegurou o presidente da câmara, apontando que o fogo surgiu numa área de mato e floresta, no limite com a zona de habitações, a uma altitude de 600 metros, numa altura em que o Funchal regista temperaturas de 37 graus e rajadas de vento na ordem dos 70 quilómetros/hora.

Os responsáveis salientaram que "o vento é que está a dificultar o combate" ao fogo, tendo um dos bombeiros ficado "ligeiramente ferido, por inalação de fumo".

Paulo Cafôfo apelou ainda à "calma" das pessoas que estão agora a aperceber-se do fogo, algumas em gozo de férias, que estavam fora do Funchal, aconselhando a que não afluam para a zona "para não dificultar o trabalho dos bombeiros".

No local estão também o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, a secretária da Inclusão e Assuntos Sociais, Rubina Leal, que tutela a área da Proteção Civil, e o presidente deste serviço, Luis Néri.

Fábrica de óleos consumida pelas chamas


Uma fábrica de óleos usados, na freguesia de Santo António, no Funchal, foi consumida pelas chamas depois de ser atingida pelo incêndio que lavra na Madeira.
Catarina Cadavez - RTP

"Ardeu completamente uma fábrica de óleos usados, acima do campo do Andorinha, na freguesia de Santo António", constatou um jornalista da Lusa no local.

Cerca das 19h15 "ouviam-se explosões e viam-se bolas de fogo", assistiu a Lusa, aos mesmo tempo que funcionários de uma fábrica de pneus existente na zona retirou o material que lá tinha e que foi transportado em camiões para um espaço mais acima no terreno.

Segundo as autoridades regionais, várias pessoas já foram retiradas das suas habitações, sobretudo devido ao problema de inalação de fumo, mas nenhuma casa foi até ao momento atingida.

(c/ Lusa)
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