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Vento, reacendimentos e poucos meios preocupam autoridades em Mação

por Lusa

Mação, Santarém, 24 jul (Lusa) - O incêndio que deflagrou no domingo na Sertã, distrito de Castelo Branco, e se estendeu hoje ao concelho de Mação continua a gerar "muita preocupação" devido ao vento e aos reacendimentos neste município do distrito de Santarém.

"De manhã o incêndio esteve mais controlado, sem aldeias em perigo e com a área de frente de fogo em Mação consolidada, mas, de tarde, com o aumento das temperaturas, o vento que se faz sentir e os poucos meios no terreno, continuamos com uma situação delicada", disse à Lusa o vice-presidente da Câmara de Mação, António Louro, cerca das 16:00.

António Louro, que é também o responsável pela Proteção Civil municipal, disse ainda que, "de momento, não há pessoas em perigo", tendo, no entanto, referido um "reacendimento intenso na zona de Roda", na freguesia de Cardigos.

"Estamos a preparar a retirada da população das aldeias de Mesão Frio e Moita Recome para Cardigos, cerca de 20 pessoas [em cada aldeia], por uma questão de precaução. Os homens estão no terreno há 24 horas, não são suficientes para o caso de o incêndio tomar grandes proporções, e será por uma questão de segurança", afirmou António Louro.

António Louro havia referido à Lusa, durante esta madrugada, que "houve necessidade de retirar algumas pessoas" de três aldeias, tendo ardido uma habitação, tratores, barracões e diversas viaturas.

O responsável disse ainda que as estradas estão abertas à circulação automóvel e que há dificuldades de comunicações móveis devido a "má rede".

O incêndio deflagrou no domingo, no concelho da Sertã, distrito de Castelo Branco, na localidade de Mosteiro de São Tiago, na freguesia de Várzea dos Cavaleiros, tendo o alerta sido dado às 13:47. Posteriormente, estendeu-se ao concelho vizinho de Proença-a-Nova (Castelo Branco) e a Mação, já no distrito de Santarém.

No vizinho concelho de Gavião, distrito de Portalegre, onde estiveram no domingo 330 operacionais e 107 meios terrestres, outro incêndio florestal estava dado esta manhã como "em resolução" e estava a ser combatido, às 09:30, por 316 operacionais, apoiados por 104 viaturas e 2 meios aéreos.

Em Outeiros, freguesia de Belver, segundo António Severino, vice-presidente da autarquia alentejana, as chamas destruíram duas casas devolutas e dois barracões no domingo.

As principais dificuldades no dia de hoje "são as condições atmosféricas, com vento e muito calor", a par dos "muitos reacendimentos".

Segundo a página da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), às 16:27 estavam no incêndio da Sertã 807 bombeiros, apoiados por 248 viaturas e 12 meios aéreos.

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