Reino Unido, França, Alemanha, Espanha e Itália vão cooperar num sistema de partilha de informações que pretende ser uma “martelada” na evasão fiscal. É uma primeira iniciativa coordenada e surge como resposta direta ao escândalo dos Panama Papers, que expôs como os mais ricos e poderosos escondem fortunas.
Osborne considerou que as regras, acordadas esta semana, serão “uma martelada contra aqueles que tentam ilegalmente fugir aos impostos e esconder a sua fortuna nos cantos escuros do sistema financeiro”, garantindo que os diferentes países irão trabalhar em conjunto para descobrir quais são realmente os donos dessas companhias e fundos, quando usados para “fugir aos impostos, lavar dinheiro e beneficiar da corrupção”.
“Os últimos acontecimentos mostram que identificar o proprietário último beneficiário por trás das estruturas corporativas é a chave para lutar eficazmente contra a evasão fiscal, lavagem de dinheiro e a finança ilícita”, refere ainda Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças.
Aproveitando a reunião do Fundo Monetário Internacional, os cinco países europeus exortaram os países do G20 a criar uma lista negra dos paraísos fiscais.
De acordo com a agência France Presse, o objetivo da iniciativa europeia é pôr termo a um sistema que permite criar sociedades sem revelar a identidade dos seus detentores de direitos.
Christine Lagarde considerou que “o FMI apoia fortemente este novo momento de combate à corrupção e à evasão fiscal”.
Os ministros das Finanças dos cinco países europeus assinaram e publicaram uma carta em que anunciam novos passos para a transparência financeira.
c/agências internacionais