O escritório de advogados Mossack Fonseca, epicentro dos denominados Documentos do Panamá, pediu na quinta-feira ao consórcio jornalístico que revelou informação sobre sociedades `offshore` que não publique na segunda-feira a totalidade da sua base de dados.
"Enviámos hoje (quinta-feira) uma carta de `cease and desist` (parar e desistir) ao Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla em Inglês) perante o seu anúncio de divulgar em 09 de maio a informação extraída da nossa base de dados", indicou o gabinete de advocacia, em comunicado.
A publicação dessa informação, para a Mossack Fonseca, "é um roubo e uma violação do tratado de confidencialidade entre cliente e advogado".
Um dos sócios do escritório, Ramon Fonseca, demitiu-se em março de ministro conselheiro do Presidente do Panamá e de presidente do partido governamental, depois de ter sido envolvido no escândalo de corrupção brasileiro, designado Lava Jato.