Açores. "Não prometemos facilidades", diz líder do PPM

por Lusa

O líder do PPM nos Açores, um dos partidos que integram o novo Governo Regional, reconheceu hoje que não pode prometer "facilidades" aos açorianos, até porque o momento é de grandes dificuldades, nomeadamente com a pandemia de covid-19.

"Não prometemos facilidades, sabemos que as circunstâncias são muito difíceis, assumimos essas dificuldades", declarou Paulo Estêvão, falando aos jornalistas na cidade da Horta, após a tomada de posse do XIII Governo Regional dos Açores.

O PPM integra o executivo ao lado do PSD e do CDS, tendo a seu cargo a pasta do Mar.

Paulo Estêvão, novamente eleito deputado no arquipélago, lembrou a "natureza" da solução de governo, que centra o hemiciclo açoriano no mapa político regional.

O executivo, referiu, "respeitará esta que é a supremacia do parlamento", no que representa um "corte muito grande com o passado" mais recente, de governação em maioria absoluta do PS, cenário em que o hemiciclo foi "muito desvalorizado".

O novo Governo Regional dos Açores tomou hoje posse perante a Assembleia Legislativa da região, na cidade da Horta.

A cerimónia arrancou cerca das 15:00 locais (16:00 em Lisboa) e teve como convidados, entre outros, o antigo presidente do Governo Regional Mota Amaral e o chefe do executivo cessante, Vasco Cordeiro.

Na semana passada tomaram já posse os novos 57 deputados eleitos nas regionais de 25 de outubro, tendo também sido eleito o novo presidente da Assembleia Legislativa, o social-democrata Luís Garcia, da ilha do Faial.

Com a entrada em funções, o novo executivo tem agora 10 dias para entregar à Assembleia Legislativa o programa de Governo.

O PS perdeu em outubro a maioria absoluta que detinha há 20 anos, elegendo 25 deputados.

PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação. A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD um acordo de incidência parlamentar com o Iniciativa Liberal (IL), somando assim o número suficiente de deputados para atingir uma maioria absoluta.

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