Alegre pede explicações sobre o "caso Centeno"

por Antena 1

Foto: António Pedro Santos - Lusa

Manuel Alegre não aceita que se feche assim o “caso Centeno” que acabou arquivado pelo Ministério Público. Em entrevista à Antena 1, o antigo conselho de Estado e candidato à Presidência da República diz que o assunto não pode morrer assim.

"Não pode ficar sem consequências, porque [o que aconteceu] é contra o Estado de Direito e a Democracia". Alegre manifestou preocupação quando os computadores de pessoas que trabalham com o ministro das Finanças foram inspecionados, considerando que o ocorrido "é totalmente inadmissível".

Questionado sobre quem deveria ter agido, Manuel Alegre dispara, "o Presidente da República, Assembleia da República, Conselho Superior de Magistratura e no Ministério Público há quem possa agir também"

A escrever novo livro, da infância até ao exílio, Manuel Alegre é veemente contra o populismo "inorgânico" que diz sentir crescer "nas redes sociais, em sectores da comunicação social e também no parlamento" com a tendência para legislar "leis absurdas" como a dos presentes até 150 euros.

Sem especificar, Manuel Alegre entende que há alguma "falta de coragem política para defender os valores democráticos" face aos populismos.

Um dos exemplos é a Celtejo. Sem hesitar, Alegre defende "entre o Tejo e a Celtejo, tem de se escolher o Tejo, não pode haver complacência e tem havido. Se não houvesse eles não faziam aquilo que estão a fazer". Alegre retoma o discurso do Estado "capturado por interesses".

A entrevista da jornalista Maria Flor Pedroso a Manuel Alegre pode ser ouvida na íntegra este sábado depois das noticias do meio-dia.
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