O Ministério da Justiça português anunciou que as autoridades angolanas pediram o adiamento da visita, mas não indicou qual o motivo invocado por Luanda.
Poucas horas antes da partida, a viagem é adiada. O comunicado apenas dá conta de que o adiamento foi a pedido das autoridades angolanas.
Sobre as razões que levaram Luanda a pedir o adiamento da visita, nem uma palavra do comunicada ou da ministra.
O adiamento acontece menos de uma semana depois de o vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, ter sido acusado pela justiça portuguesa de corrupção activa, branqueamento de capitais e falsificação de documentos, no âmbito da operação Fizz, que envolve também o ex-procurador português Orlando Figueira.
Segundo a acusação, o magistrado terá recebido cerca de 760 mil euros e outras vantagens para arquivar os dois processos que investigava e que envolviam o então presidente da empresa angolana Sonangol - precisamente Manuel Vicente.