O primeiro-ministro assinou esta sexta-feira um despacho ordenando à ministra da Administração Interna que providencie junto da Secretaria-Geral do seu ministério um "cabal esclarecimento" sobre as falhas ocorridas na rede SIRESP, entre sábado e terça-feira.
Este despacho surge na sequência da resposta da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) ao primeiro-ministro, assumindo as falhas na rede SIRESP, entre sábado e terça-feira, no teatro de operações de combate ao incêndio de Pedrógão Grande, mas alegando que foram supridas por "comunicações de redundância".
O primeiro-ministro remete este despacho também para a Procuradora-Geral da República, alegando poder ser "relevante" para o inquérito em curso.
Segundo avançou fonte do gabinete do primeiro-ministro à agência Lusa, António Costa assinou este despacho logo que "atualizou a sua informação" após chegar ao seu gabinete, proveniente de Bruxelas.
Proteção Civil reconhece falhas
O reconhecimento de falhas no sistema de comunicações durante as operações de combate aos incêndios de Pedrógão Grande, que causaram a morte de 64 pessoas, consta de uma resposta esta sexta-feira enviada pelo presidente da ANPC, Joaquim Leitão.
É a resposta da Proteção Civil ao primeiro-ministro, que na terça-feira o questionou sobre falhas na rede de comunicação SIRSP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) durante a operação de combate ao incêndio de Pedrógão Grande, distrito de Leiria.
No documento, a Autoridade Nacional de Proteção Civil admite falhas no sistema de comunicações conhecido como SIRESP. "As primeiras falhas ao nível de comunicações, inclusive na rede GSM, são registadas pelas 19h45" do dia 17 de junho, sábado, lê-se no documento. E foram sentidas até "ao dia 20 de junho".
c/ Lusa