António Costa vs Passos Coelho: recorde os principais momentos do debate

por Christopher Marques - RTP

António Costa e Pedro Passos Coelho enfrentaram-se pela primeira vez num debate televisivo. Um frente a frente inédito, transmitido em simultâneo por três televisões, a menos de um mês das eleições. Relembre aqui os principais momentos e as frases que marcaram o debate.

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21h57: Chega ao fim o debate.
Os portugueses votam agora a 4 de outubro. Acompanhe o rescaldo do debate na RTP1, numa edição especial de "As palavras e os atos", apresentada por Carlos Daniel.

21h56:
Questionado sobre se se arrepende de algumas das decisões tomadas, Passos diz que “não há nada que terá feito inteiramente diferente”. Costa diz que está de consciência tranquila com o que disse e fez ao longo do último ano.

21h55:
Sobre Presidenciais, Costa não prevê fragmentações no PS devido às presidenciais. Pedro Passos Coelho diz que mantém o perfil de Presidente da República que tinha definido na moção.

21h53:
Questionados sobre se contam um com o outro para um cenário pós-eleições, nenhum dos líderes partidários responde diretamente. Passos diz que só depois das eleições será possível avaliar a vontade dos portugueses. Costa defende que “não faz sentido mudar de política e continuar com as mesmas pessoas”.

21h51:
Tem início o ciclo de perguntas rápidas: Passos não especula sobre uma eventual demissão da liderança do seu partido em caso de derrota eleitoral. António Costa também não responde.

21h50:
Judite de Sousa questiona Costa se pretende agradecer pessoalmente o apoio declarado por José Sócrates. “Agradeço o apoio de todos os portugueses e em particular de todos os cidadãos socialistas”, mas refere não tem “previsto” visitar Sócrates.

21h48:
Judite de Sousa pede comentário de Passos sobre constituição de Miguel Macedo como arguido. Passos diz que não comenta, “tal como não comento outros casos”.

21H46: Costa acusa Passos de ser um “passa-culpas” permanente, depois das justificações dadas sobre o caso BES.

21h45:
Clara de Sousa traz o caso BES ao debate, relembrando que se admite um prejuízo de dois mil milhões na venda do Novo Banco. “O que é o senhor diz aos contribuintes e aos lesados do BES?”

Passos insiste que não haverá custos para os contribuintes, uma vez que não houve nacionalização. Se houver prejuízos, volta a explicar Passos, esse custo será distribuído pelos bancos, incluindo pela Caixa Geral de Depósitos.

Para os lesados do BES, Passos defende que só os reguladores podem encontrar uma solução para esse caso, dizendo ter pena que os reguladores não se entendam.


21h40:
António Costa traz Sócrates a debate, depois de Passos continuar a falar do passado. “O senhor engenheiro José Sócrates agora até já está em melhores condições para debater consigo”

21h39:
Passos acusa Costa de apresentar “o milagre das rosas” por fazer sempre mais com menos dinheiro.

21h38:
António Costa defende reformas no SNS para que os hospitais não sejam os centros das urgências, nem dos cuidados continuados.

O secretário-geral socialista promete baixar as taxas moderadoras ao longo da próxima legislatura. Costa não avança com calendários e números, para que no futuro, “quanto estiver a debater com o sucessor de Passos Coelho”, não seja acusado de não cumprir o prometido.

21h33:
Debate entra no tema da saúde. Passos admite que não conseguiu cumprir a promessa de dar um médico de família a todos os portugueses e defende que o serviço de saúde é atualmente mais robusto do que no passado.

Passos defende que conseguirá completar a promessa dos médicos de família na próxima legislatura. Passos diz "não ter dúvida" que o SNS tenha atualmente mais qualidade.

21h31:
“Eu percebo que tenha saudades de debater com o engenheiro Sócrates. Mas terá de debater comigo”, lança Costa a Passos. “Não é muito diferente”, responde Passos.

21h30:
Passos critica o “azedume” do PS pelos resultados conseguidos pelo Governo. “Não podemos continuar a falar do passado”, insistem os moderadores. Passos acusa Costa de negar as evidências.

21h27:
António Costa critica programa “Vem”, apresentado pelo executivo para incentivar o regresso a Portugal, e acusa Passos de não governar com seriedade.

21h26:
Passos garante que “não precisamos de um choque ao consumo, temos as nossas contas externas equilibradas”. O primeiro-ministro acusa Costa de apresentar promessas novas todas as semanas.

Passos critica Costa de se preparar para aumentar a despesa do Estado. “Mais uma vez a abordagem de Sócrates”, critica o primeiro-ministro, voltando a mencionar o antigo primeiro-ministro.

António Costa recusa a acusação de Passos de apresentar uma promessa nova todas as semanas, dizendo apenas que aborda conteúdos diferente do programa. Acusa Passos de não ter programa nem apresentar números.

21h23:
António Costa diz que teve muito tempo sem especificar propostas porque não faria promessas antes de ter dados. “O conjunto de economistas que esteve a trabalhar connosco não esteve a brincar. Fez um trabalho muito sério”, garante.

Costa assume a eliminação da sobretaxa do IRS em 2016 e 2017, pretende aumentar os escalões de IRS durante a legislaturas mas não apresenta prazos. Costa insiste no fim do quociente familiar.

“Não são fantasias. São compromissos e com contas certas”, afirma Costa.

21h19:
Judite de Sousa questiona Passos sobre porque não cortou nas “gorduras” do Estado. Passos defende que houve uma redução da despesa primária do Estado em Portugal e garante que conseguiu cortar em despesa.

Passos diz que há transparência nas contas do Estado, ao contrário do que, refere, acontecia antes.

21h16:
Judite de Sousa intervém: “Meus senhores, não vou permitir reabrir o debate sobre as pensões. Porque é que o Dr. Passos Coelho não responde à minha pergunta sobre os impostos”, questiona a jornalista.

21h15:
Passos Coelho garante que o “plafonamento horizontal” que a coligação propõe não é uma “privatização”. “O senhor está a dizer às pessoas para ir para a aventura dos lesados do BES”, responde Costa.

21h13:
António Costa defende que este estímulo é uma medida de três anos. Costa contrapõe o objetivo do PS com a “medida definitiva” da coligação de plafonamento da Segurança Social. “O plafonamento é uma aventura que não podemos aceitar”.

“Segurança na Segurança Social é com o programa que nós temos”, promete Costa.

21h11:
Passos garante que não vai fazer nenhum corte de 600 milhões de euros e afirma que nada disso está previsto no PEC. O primeiro-ministro acusa o PS de prever no programa um “plafonamento vertical” da Segurança Social para fomentar a procura.

21h07:
Com Costa a fechar a porta ao consenso num eventual corte nas pensões, Passos volta a defender o diálogo com os restantes partidos e manifesta esperança que seja possível depois das eleições.

Clara de Sousa questiona o primeiro-ministro sobre o que vai fazer se não houver consenso. Passos não responde.

O primeiro-ministro garante que o problema na Segurança Social não é do desemprego dos últimos anos, uma vez que a TSU não cobre a valor de pessoas que é pago todos os anos.

“As pessoas só podem ter confiança na Segurança Social no futuro se corrigirmos esta situação”, defende o primeiro-ministro.

Passos recusa a ideia que quis a troika em Portugal: “É uma absoluta mistificação insistir que a vinda da troika cabe ao PSD”.


21h01:
António Costa retoma que Passos foi “além da troika”.

Questionado sobre um corte nas pensões, António Costa garante que não aceita qualquer corte de 600 milhões de euros nas pensões, e garante que a sustentabilidade do sistema de segurança social não depende disso.

Costa acusa este Governo de, fruto do desemprego e da emigração, ter criado o buraco na Segurança Social. A prioridade socialista é, por isso, a criação de emprego.

20h58:
Retomado o debate. Costa diz que o PS assume todas as suas responsabilidades, incluindo o que fez de errado. Costa volta a sublinhar que Passos queria que a troika viesse a Portugal.

20h53:
Intervalo no debate. Clara de Sousa manifesta o desejo de que se fale mais do futuro e menos do passado na segunda parte.

20h52:
Passos Coelho diz que foram criadas condições para tornar a economia mais competitiva, e exemplifica com a queda nos números do desemprego e os recordes batidos nas exportações.

João Adelino Faria pergunta a Passos se acredita que quem emigrou irá regressar. Não chega a ser dada resposta.


20h49:
António Costa acusa Passos de ter desejado a presença da troika em Portugal. Costa apresenta um segundo gráfico, apresentado no passado por Vítor Gaspar, e volta a acusar Passos de ter ido além da troika.

“O senhor gostou tanto da troika que quis ir além da troika”, acusa.

Na resposta, Passos Coelho diz que teve uma reunião com a troika e garante que não foi ele quem chamou as instituições. Traz o nome de Teixeira dos Santos, ex-ministro das Finanças de José Sócrates, para o debate.


20h44:
Passos Coelho cola a abordagem do PS ao Syriza e defende que a criação de emprego passa por “acreditar que quem cria emprego são as empresas, não o estágio”. Passos nega que olhe o futuro com o modelo de baixos salários.

20h41:
Costa aposta no aumento do rendimento das famílias, na aplicação de políticas específicas em setores como a restauração e em políticas ativas de emprego “focadas no que é essencial”. Costa acusa Passos de gastar milhões de euros a subsidiar estágios.

Pressionado para avançar com números, Costa volta a defender a aposta no conhecimento e inovação e a contratação de jovens. “Todos aprendemos com os nossos erros, não ouvirá da minha boca uma proposta quantificada”, afirma Costa, perante a pressão do jornalista.

Costa traz a debate a poupança de 600 milhões de euros prevista no PEC.

20h38:
João Adelino Faria questiona Costa sobre o combate ao desemprego: qual o volume de emprego que Costa prevê criar e como estancar a emigração?

20h36:
Costa recorre ao seu trabalho na câmara de Lisboa para justificar o seu trabalho na redução da dívida. O socialista admite que governar com a troika é difícil, mas acusa Passos de ter ido mesmo para lá do memorando, especificando o aumento do IRS e privatizações.

O secretário-geral defende uma aposta na inovação e educação e não na “precariedade laboral”. “Essa só nos fará andar para trás”, afirma.

20h33:
Passos lamenta a comparação de Costa, visto ter sido em tempo de crise. Passos chama o Governo de Sócrates pela primeira vez ao debate. O primeiro-ministro refere que a dívida cresceu “menos de metade” do que em seis anos de governação socialista.

20h30:
Na reação à resposta de Passos, Costa acusa-o de não ter cumprido o que prometeu em campanha, tendo aumentado os impostos e cortado nas pensões. Acusa Passos de ter falhado no objetivo de reduzir a dívida.

Costa refere que Passos é o primeiro primeiro-ministro a deixar a governação com um PIB inferior ao que o país tinha quando chegou. Costa apresenta aqui o primeiro gráfico da noite.

20h28:
Questionado sobre os motivos pelos quais os portugueses devem votar na coligação, Passos Coelho considera que os portugueses foram “extraordinários” ao superar as dificuldades e garante que o Governo não tem “gosto pela austeridade”. “A austeridade foi trazida pela crise”, afirma Passos.

Passos pede a confiança dos portugueses por ter “cumprido no essencial o que os portugueses esperavam”, nomeadamente ter fechado o programa de ajustamento. “Conseguimos abrir esta janela para o futuro”, defende o primeiro-ministro.


20h25:
Começa o debate

20h09: O frente a frente ainda não começou, mas os partidos à esquerda do PS não têm grandes expetativas quanto a debate. Jerónimo de Sousa admite que hajam diferenças de estilo mas não de políticas.


20h06:
Pedro Passos Coelho entra no Museu de Eletricidade. O sorteio determinou a ordem de chegada ao local. No frente a frente, o presidente do PSD será o primeiro a responder às questões de João Adelino Faria, Judite de Sousa e Clara de Sousa.

20h01:
António Costa entra no Museu de Eletricidade, a partir de onde será transmitido o debate entre o secretário-geral do PS e o atual primeiro-ministro.

19h55:
Iniciamos aqui o minuto a minuto deste frente a frente decisivo. Um encontro que promete ser histórico, à semelhança de outros debates que se têm realizado desde 1974. Relembre alguns dos principais momentos dos debates do passado.

Na véspera do debate decisivo, relembre connosco os debates que marcaram a democracia portuguesa.

Posted by RTP Informação on Terça-feira, 8 de Setembro de 2015