Com os votos contra da esquerda e os votos a favor do PS, as abstenções do PSD e do CDS acabaram por viabilizar a discussão da lei em comissão. Nas galerias, a CGTP fez um protesto silencioso na hora da votação.
No momento da votação, cerca de 250 delegados e ativistas sindicais da CGTP, entre os quais Arménio Carlos, levantaram-se em sinal de protesto. Foram depois convidados a abandonar o local.
Também o PCP quis deixar marcada a oposição ao que diz ser um retrocesso na legislação laboral.
Além das propostas do governo, foram ainda aprovadas outras do BE, PEV e PCP relativas às leis do trabalho. Em causa estão entre outras medidas de combate a precariedade, como o alargamento do período experimental, a redução dos contratos a termo de três para dois anos e a penalização das empresas que abusem dos contratos a prazo.
Estas propostas juntam-se a três já em comissão, onde serão discutidas. Mas só em setembro, depois das férias parlamentares.