Foto: Pedro A. Pina - RTP
O CDS contestou a distribuição de lugares na ala direita da Assembleia da República. O partido não quer ter de estar sempre a pedir ao único deputado eleito pelo Chega, para se levantar cada vez que um deputado do CDS quiser aceder à segunda fila da bancada.
Os lugares já foram distribuídos, mas há um que está a gerar polémica. O sítio onde vai sentar-se André Ventura, o único deputado eleito do Chega. Vai sentar-se no extremo direito do hemiciclo. A questão foi levantada pelo CDS, que tem aqui três deputados. É entendimento do partido que vai haver uma questão de cedência e de dar ou não passagem.
Nas palavras de Telmo Correia, %u201Cnaqueles lugares, para um deputado entrar pelo lado de fora, tem de pedir ao deputado que está sentado para sair. Ora, é um bocadinho desagradável termos que estar permanentemente a pedir a um outro deputado de um outro partido que não é o nosso para, passo a expressão, para se chegar para lá, não é nenhum trocadilho. Até porque o deputado pode-se cansar, e dizer basta, chega. Não nos peçam para estar sempre a sair do lugar para os deputados do CDS passarem%u201D.
Mas, a questão deixa de fazer sentido. Atrás da cadeira onde se vai sentar André Ventura, há uma passagem. Portanto, a questão de cedência não se coloca. Ainda se colocou a hipótese de tirar a balaustrada, mas sendo assim, a história dos lugares deixa de ser uma história. Mesmo assim, dois arquitetos terão sido chamados para arranjar uma solução.
Pior está o deputado do Iniciativa Liberal. João Contrim Figueiredo vai sentar-se nesta cadeira, mas para chegar ao seu lugar tem de pedir licença. De um lado ao PSD, do outro lado ao CDS e ao deputado do Chega.
O partido desde a primeira hora contestou o lugar. Queria sentar-se mais ao centro, entre a bancada do PS e a do PSD.
Na sexta-feira de manhã, começa oficialmente a décima quarta legislatura. Pela primeira vez, todos os deputados eleitos vão sentar-se no hemiciclo. À tarde vai ser eleito o novo presidente da Assembleia da República e todos os vice-presidentes.
Eduardo Ferro Rodrigues vai suceder a Eduardo Ferro Rodrigues.
Nas vice-presidências e secretários é que há, pelo menos, uma novidade. O CDS passa para quinta força política e dá lugar ao PCP - um detalhe importante porque só os quatro maiores partidos têm direito a eleger vice-presidentes e secretários.