Buscas CML. Medina pediu para ser ouvido pela PGR mas diz que não conhece investigação

por RTP

Em declarações aos jornalistas, o ministro das Finanças, Fernando Medina, indicou esta quinta-feira que pediu para ser ouvido no âmbito do processo que motivou a realização de buscas na Câmara de Lisboa. O ex-autarca sublinha, no entanto, que desconhece "em absoluto" a investigação em curso.

"Não tenho nenhum conhecimento de nenhuma investigação em curso, nunca fui ouvido, nunca fui chamado a prestar qualquer esclarecimento em nenhum processo de natureza judicial dos vários que têm vindo a público, em especial aquele que agora foi noticiado. Desconheço em absoluto", afirmou o ministro, antigo presidente da Câmara de Lisboa, entre os anos de 2015 e 2021.

No entanto, Fernando Medina considera que é sua obrigação "contribuir para o esclarecimento da situação" e que por isso pediu à Procuradora-Geral da República para ser ouvido. Acrescentou mesmo que é "o principal interessado" em prestar esses mesmos esclarecimentos.

Sobre a contratação de Joaquim Morão, ex-autarca de Idanha-a-Nova e Castelo Branco, Fernando Medina esclarece que esta é de sua total responsabilidade.

"A decisão relativamente ao nome da coordenação do projeto foi minha", acrescentou.

Questionado pelos jornalistas, Fernando Medina rejeitou a possibilidade de apresentar a demissão: "Tenho as condições dadas pela minha consciência".
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