CCP céptica sobre acordo

por RTP

Entrevistado no programa da Antena1 'Conversa Capital', o presidente da CCP revela dúvidas sobre a obtenção de um acordo, na Concertação Social, para rendimentos e competitividade.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal acha difícil alcançar um acordo sobre rendimentos e competitividade em sede de Concertação Social. Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o presidente da CCP, João Vieira Lopes revela-se "muito céptico" em relação à viabilidade do acordo, porque definir plafonds de crescimento de forma transversal é muito difícil.
Por outro lado, como a reunião da Concertação vai acontecer depois de terminado o prazo para a entrega das propostas de alteração do Orçamento do Estado, a discussão do acordo "ficará condicionada". Segundo Vieira Lopes, não há margem para negociar um referencial para a subida dos salários, se no debate do OE na especialidade não forem introduzidas medidas, nomeadamente ao nível fiscal, que aumentem a disponibilidade de rendimentos. O presidente da CCP não percebe a pressa do governo em querer negociar um acordo até março, com medidas que afinal só quer aplicar em 2021.
Sobre a possibilidade de virem a ser introduzidas alterações no debate na especialidade do OE, João Vieira Lopes diz que é "uma incógnita" porque "este governo tem um problema que é a imprevisibilidade", uma vez que não há acordo com os partidos à esquerda e, por isso, não se sabe que posição estes vão tomar. Diz que não está otimista, mas, ainda assim, considera que será possível incluir algumas medidas que prevejam benefícios fiscais, ao nível da formação e qualificação.

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