CDS. Debate entre candidatos à liderança marcado por críticas à atual direção

por RTP

O debate, na RTP, entre os candidatos à presidência do CDS ficou marcado por críticas à atual direção e aos últimos resultados eleitorais. No confronto de ideias entre os cinco candidatos também foi debatido o caminho que o partido deve seguir no entendimento com os partidos que surgiram à direita.

"Vamo-nos deixar de tretas, e vamos resolver os problemas deste país. Eu quero estar no CDS, mas antes de resolver os problemas do país, temos de resolver os do partido. E o João Almeida foi e é a continuação da última direção, e tem que assumir essas consequências", disse o candidato Carlos Meira.

Em resposta, o candidato e atual porta-voz do CDS, João Almeida, respondeu que "nós somos o que somos, aquilo que fomos e a forma como assumimos cada responsabilidade". "E por isso eu quero dizer com toda a frontalidade: eu sou candidato de cabeça levantada", acrescentou.

Já Filipe Lobo d'Ávila afirmou que "o CDS quis ser de tal maneira abrangente nas suas posições (...) e nas pessoas a quem se dirigia, basicamente que quando nós nos queremos dirigir a muita gente, acabamos por nos dirigir a muito poucos".

"Um partido quando perde a identidade, ninguém o identifica. Se ninguém o identifica, torna-se indiferente. Uma vez indiferente, transforma-se em inútil. Sendo inútil, é legítimo presumir que os portugueses não votarão nele", disse, por sua vez, Francisco Rodrigues dos Santos.

O candidato Abel Matos Santos considerou que nos últimos anos, "em particular com o consulado da Dr.ª Assunção Cristas", o CDS perdeu identidade.

Depois do único debate a cinco na televisão, os candidatos só vão voltar a estar frente a frente no congresso dos centristas em Aveiro.
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